JOGOS DE PODER - OPERAÇÃO: ESTRELA DA MANHÃ
Editora: Devir Livraria - Edição especial
Autores: Greg Rucka (roteiro) e Brian Hurtt, Bryan O'Malley e Christine Norrie (arte) - Publicada originalmente em Queen & Country # 5 a # 7.
Preço: R$ 19,90
Número de páginas: 88
Data de lançamento: Março de 2010
Sinopse
No Afeganistão, depois de descobrir que alguns jornalistas estrangeiros estão servindo como agentes secretos do SIS - Secret Intelligence Service (órgão inglês de espionagem similar à CIA, nos Estados Unidos), o regime Taleban reúne todos os repórteres em Cabul para tentar encontrá-los.
Pouco antes de ser levado sob custódia, David MacMillan guarda uma lista dos contatos da Frente Unida em um esconderijo secreto. Se os Guardiões não a encontrarem antes do Taleban, muito mais vidas serão perdidas.
Então, o diretor de operações do SIS, Paul Crocker, que controla também a Divisão Especial, também chamada de Guardiões, decide enviar apenas seus agentes homens ao Afeganistão. Tara Chace se rebela, pois queria estar no foco da ação. Pra piorar, ela é obrigada a frequentar sessões de terapia para lidar com os efeitos de suas missões anteriores.
Mas, mesmo tão longe, Tara é escalada para ajudar e passa seu tempo tentando montar o quebra-cabeça, para auxiliar os Guardiões Wallace e Kittering na sua angustiante corrida contra o relógio.
Positivo/Negativo
Greg Rucka pode não ser um roteirista top quando o assunto é super-heróis, mas é inegável que se dá bem escrevendo histórias policiais - Gotham City contra o crime comprova isso. E Queen & Country, aqui batizada de Jogos de poder, também.
A premiada série mostra os bastidores de uma agência de espionagem inglesa e o dia a dia das perigosas missões de seus integrantes - com foco especial na voluntariosa Tara Chace.
No primeiro volume, ela realiza uma missão em Kosovo; e neste a ação se passa no Afeganistão, com Tara atuando, contra a sua vontade, longe dos acontecimentos.
E é justamente nesse ponto que o roteiro de Rucka peca. O cenário e os personagens são bem construídos, mas a tensão que deveria existir com a possibilidade de jornalistas e dos agentes enviados a Kabul serem descobertos e assassinados pelo Taleban não ocupa o espaço que deveria.
Faltou passar a aflição de achar que as pessoas seriam mortas. Isso está no texto, verdade, mas não é transmitido de forma a deixar o leitor "na pilha". Justamente porque o autor foque muitas cenas no dilema de Tara Chace em suas sessões de análise.
Além disso, os três desenhistas podem até não decepcionar, mas não brilham em momento algum. Os traços de Brian Hurtt, Bryan O'Malley e Christine Norrie são, no máximo, corretos. Não há diagramações e tomadas de cenas ousadas, algo que o roteiro permitiria.
Mas, mesmo com os problemas de roteiro e arte deste volume, fica claro que a série tem potencial. Além disso, a edição caprichada e com preço justo da Devir é um chamariz a mais para o leitor.
Classificação: