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JONAH HEX – APENAS OS BONS MORREM JOVENS

1 dezembro 2011

JONAH HEX - APENAS OS BONS MORREM JOVENS

Editora: Panini Comics - Edição especial

Autores: Justin Gray e Jimmy Palmiotti (roteiro), Phil Noto (arte de Dinheiro do Texas, Negócios inacabados e A guerra da corrente), Jordi Bernet (arte de A garra do demônio e Quem vive e quem morre) e David Michael Beck (arte de Dia das bruxas) e Rob Schwager (cores) - Originalmente publicado em Jonah Hex # 19 a # 24.

Preço: R$ 14,90

Número de páginas: 144

Data de lançamento: Maio de 2011

 

Sinopse

Dinheiro do Texas - Jonah Hex é contratado por um homem rico, porém suspeito, para trazer de volta seus dois sobrinhos que foram raptados.

Negócios inacabados - Continuação da história anterior, na qual Hex é deixado para morrer no deserto após ter passado seu empregador para trás.

A garra do demônio - Hex persegue um ladrão de bancos e seu grupo até uma colina afastada, supostamente assombrada, protegida por um índio violento.

A guerra da corrente - Contratado por um misterioso cientista para recuperar uma invenção roubada, Hex se encontra com Thomas Edison, que está em guerra com Nikola Tesla pelas descobertas em relação à corrente elétrica.

Quem vive e quem morre - Um professor da escola primária narra para a sua turma a aventura que teve ao lado do pistoleiro Hex.

Dia das bruxas - Jonah Hex é chamado ao auxílio da prostituta Crystal Ray, com quem tem uma dívida de honra. Ele logo descobre uma trama que envolve uma bruxa e o vigilante El Diablo, que precisa possuir seu corpo para concretizar uma vingança.

Positivo/Negativo

Este quarto volume das aventuras de Hex cai um pouco de nível em relação aos anteriores, mas permanece uma boa pedida para quem quer continuar lendo HQs de heróis, porém fugindo à mesmice.

A proposta de trabalhar aventuras curtas e relativamente independentes continua, o que facilita o entendimento até mesmo de não iniciados no personagem. Mas, desta vez, nem todas as histórias são bem desenvolvidas.

Há situações que se resolvem de maneira muito brusca e inesperada e algumas conexões plantadas no decorrer das tramas são mal exploradas - muitas vezes, parece que os elementos foram "jogados" a esmo.

O carisma de Hex e seu mau humor permanecem inalterados, mas há alguns momentos que forçam a barra, como quando o pistoleiro se envolve em uma luta com um boxeador profissional e o derrota com um único soco.

Os melhores momentos desta edição giram em torno das conversas filosóficas que Hex trava com Thomas Edison sobre a chegada do futuro e a iminente onda de tecnologia que irá varrer o homem do pseudo-primitivismo que existia ainda no Século 19.

Bons também são os conflitos éticos e morais que o professor sem um braço enfrenta na penúltima história, quando discorre acerca de discernimento e bom senso para seus alunos, ao relatar uma desconcertante experiência que teve com Hex. Mas os pequenos momentos de brilhantismo acabam se perdendo em uma HQ que apenas se mantém na média na maior parte do tempo.

É fato que a arte do brasileiro Luke Ross (que ilustrou os primeiros volumes) faz falta. Há momentos em que seus substitutos são funcionais, porém há outros em que falham escabrosamente. Jordi Bernet cria vários momentos com informações conflitantes, ângulos batidos e conservadores. Phil Noto peca demais nas expressões faciais e na narrativa. E David Michael Beck tem uma arte "dura", sem movimento. Apesar disso, ao menos a recriação de época continua eficiente, com um velho Oeste sujo, brutal e ameaçador.

A última aventura é, de longe, a mais fraca, pois mistura de forma pouco convincente magia e possessão demoníaca. As participações do pistoleiro Bat Lash e do místico El Diablo parecem fora de contexto, a ação decorre com velocidade demais e o clímax compromete a empolgação com a história.

Editorialmente, o álbum repete o mesmo capricho dos volumes anteriores, com capa cartonada, bom papel e preço acessível. Certamente agradará aos fãs do personagem e de quadrinhos de faroeste.

Classificação:

4,0

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