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JONAH HEX - FALTA DE SORTE

1 dezembro 2011

JONAH HEX - FALTA DE SORTE

Editora: Panini Comics - Minissérie em quatro edições

Autores: Justin Gray e Jimmy Palmiotti (roteiro), Russ Heath (arte de Meu nome é ninguém), Giuseppe Camuncoli (desenhos de Os quatro porquinhos - Um faroeste macabro), Jordi Bernet (arte de O homem das estrelas e Falta de sorte), John Higgins (arte de Cidade de assassinos) e Rafa Garres (desenhos de De volta à garra do demônio), Stefano Landini (arte-final de Os quatro porquinhos - Um faroeste macabro) - Publicado originalmente em Jonah Hex # 25 a # 30.

Preço: R$ 14,90

Número de páginas: 144

Data de lançamento: Outubro de 2011

 

Sinopse

Jonah Hex, o desfigurado ex-soldado confederado que se tornou caçador de recompensas, continua suas andanças pelo Oeste dos Estados Unidos, em fins do século 19.

Desta vez, ele descobrirá um covil de horrores na fronteira, passará pelas ruas perigosas de Nova York e cruzará o local assombrado de um terrível massacre.

Positivo/Negativo

Após uma pequena derrapada no volume anterior, as aventuras do pistoleiro mais casca-grossa do Oeste selvagem retornam com força total. Este volume tem roteiros bem amarrados (e impressionantes) e arte requintada.

A primeira aventura já é um tapa na cara. Ambientada alguns anos no futuro, mostra Hex bem mais velho (com aproximadamente 60 anos) num encontro com seu filho. O resultado é uma das atitudes mais intempestivas e desprovidas de sentido que o protagonista teve em toda a série.

Ainda assim, isso mostra como os roteiristas captaram bem a essência conturbada do pistoleiro, sua psique completamente despedaçada, marcada por traumas mil que remontam à infância, somada a uma vida solitária de sangue, sofrimento e matanças.

Hex é um ser humano monstruoso, suas noções de certo e errado são distorcidas, seu senso de ética e moral só respeita o que ele entende por isso. E, ainda assim, ele tem consciência de quem é - ou melhor, do quê é - e não faz concessões; prefere abraçar o caminho que optou, tornando-o uma estrada sem volta.

É nesse enorme vazio que o leitor é mergulhado a cada nova história. E Meu nome é ninguém, cujo título é baseado em um faroeste de 1974, de Sergio Leone, é um de seus melhores expoentes

A aventura seguinte é quase uma HQ de terror. Poderia ser descrita como "O Velho Oeste encontra O massacre da serra elétrica, pois, exageros à parte, apresenta um roteiro que incomoda o leitor. A crueldade das personagens centrais só pode ser comparada à do próprio Hex, que nem diante de uma situação extrema, sente piedade das vítimas.

Como não é possível falar sobre a trama sem entregar o ouro, melhor ler a aventura e preparar-se para surpresas.

A terceira história talvez seja a mais fraca deste volume e mostra um garoto que teve a vida salva por Hex no passado, cresceu e tornou-se um criminoso. Acontece que ele só mata autoridades corruptas, o que não o impede de entrar na mira de Jonah. Pena que a arte de Bernet seja a pior do encadernado - ele também desenha a divertida Falta de Sorte, que dá nome ao álbum.

Cidade de assassinos, é uma pequena obra-prima. Começa com um assassinato brutal. A vítima é espancada, arrastada por um cavalo, enforcada e, afinal, queimada. Tudo feito por uma multidão. A brutalidade leva o leitor a crer que foi um crime motivado por ódio.

A seguir, Hex é procurado por um homem que quer se vingar de toda uma cidade por ter cometido aquele assassinato sem propósito. Mas a trama se complica. O roteiro trabalha a questão do homossexualismo com sutileza tal, que ela poderá passar batido para o leitor menos atento. E com desenhos espetaculares!

Por fim, Hex enfrenta novamente os selvagens indígenas da Garra do Demônio. Destaque para as composições de página de Rafa Garres, principalmente quando não há falas.

Resta agora saber o que será de Jonah Hex no Brasil, já que a revista foi reiniciada lá fora. Com mais meia dúzia de encadernados a serem publicados, a esperança é que a Panini termine a série.

Classificação:

4,0

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