JUSTICEIRO ANUAL # 1
Título: JUSTICEIRO ANUAL # 1 (Panini
Comics) - Revista anual
Natal sangrento - Jimmy Palmiotti, Justin Gray (roteiro) e Mark Texeira (desenhos);
Encontro sangrento - Jimmy Palmiotti, Justin Gray (roteiro) e Paul Gulacy (desenhos);
A cela - Garth Ennis (roteiro) e Lewis Larosa (desenhos).
Preço: R$ 8,50
Número de páginas: 120
Data de lançamento: Dezembro de 2006
Sinopse: Natal sangrento - Um grupo de esposas de mafiosos assassinados pelo Justiceiro contrata a assassina Suspíria para matá-lo.
Encontro sangrento - Nesse novo encontro com Suspíria, Castle luta ao lado da assassina para ajudá-la a resgatar a filha dela e o filho de um Senador.
A cela - Justiceiro se entrega à Polícia só para estar mais perto de um seleto grupo de mafiosos que mandam na prisão.
Positivo/Negativo: Foi uma boa sacada reunir duas histórias especiais de feriados (a primeira de Natal e a segunda de Dia dos Namorados) do Justiceiro nesta edição, pois mesmo podendo ser lidas de forma independente, uma é praticamente continuação da outra. Na primeira é apresentada Suspíria, uma assassina quase tão boa quanto Castle e, na outra, eles passam a agir juntos.
Depois de tanto tempo lendo Garth Ennis à frente do Justiceiro, até causa estranhamento ver outro roteirista cuidando de Frank Castle. Na primeira aventura ainda nota-se um pouco de influência de Ennis, mas a segunda tem um clima totalmente diferente. Não é ruim, basta se acostumar com a forma que o personagem foi redefinido.
Mesmo assim, fica a questão: por que em toda minissérie ou edição especial, o roteirista se sente obrigado a evocar a origem do personagem? Alguém pode dizer que é uma preocupação com possíveis novos leitores, mas soa mesmo a falta do dizer.
Neste anual, isso acontece duas vezes. A primeira em Encontro sangrento, que resulta em algo manjado de mostrar como Justiceiro e Suspíria são iguais. A segunda é em A cela, de Ennis, que ia muito bem até o autor inventar que os mafiosos que Castle encontra na cadeia foram responsáveis pela morte de sua família.
É o tipo da coisa desnecessária. O Justiceiro não precisa de uma razão tão forte para matar mafiosos e a história seria igualmente bacana sem isso. Mas já que Ennis faz questão de seguir essa linha sobra a pergunta: se o personagem podia se vingar dos responsáveis por sua sina, por que não fez isso em primeiro lugar? Ele sai por aí, numa guerra pessoal contra tudo e todos e só depois de vários anos acha de bom tom fazer uma pausa para cuidar dos causadores de toda sua dor e sofrimento? É, no mínimo, forçado.
Nos desenhos, o único que destoa é Paul Gulacy. Com um traço comum e cenários claros demais, ele tira muito do clima da história. Já Mark Teixeira e Lewis Larosa, cada um a seu modo, têm um traço mais impactante para esse tipo de trama, com uma ambientação toda escura, sinistra e suja. Perfeita para o Justiceiro.
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