JUSTICEIRO - BEM-VINDO DE VOLTA, FRANK
Editora: Panini Comics - Edição especial
Autores: Garth Ennis (roteiro), Steve Dillon (arte), Jimmy Palmiotti (arte-final) e Tim Bradstreet (capas originais). Originalmente publicada em The Punisher # 1 a # 12.
Preço: R$ 32,90
Número de páginas: 280
Data de lançamento: Janeiro de 2008
Sinopse
Enquanto Frank Castle se empenha em uma solitária guerra contra a família de mafiosos Gnucci, três malucos decidem se unir em outra cruzada contra o crime, inspirados pelo Justiceiro.
Positivo/Negativo
De tempos em tempos, as grandes editoras norte-americanas decidem recriar seus personagens. Aconteceu com o Batman, em Ano Um, ou com o Demolidor, em O homem sem medo, por exemplo. É o caso, também, deste encadernado.
Quando Garth Ennis foi recrutado para recontar a história do Justiceiro, já havia criado algumas histórias memoráveis, como sua série Preacher e as aventuras de John Constantine (incluindo o clássico Hábitos perigosos. Foi a escolha certa para um anti-herói assassino como Frank Castle.
Parte do selo Marvel Knights, cujas histórias estavam entre as revistas normais, mais leves, e o selo Max, voltado para o público adulto, a aventura conta duas tramas paralelas: a destruição da família Gnucci, proporcionada por Castle, e a ascensão de um grupo de malucos inspirados pelo Justiceiro. Ao longo da edição, as duas se juntarão.
O roteiro é ótimo. Ennis cria uma trama maior muito bem costurada, mas também apresenta pequenos momentos que garantem a diversão. O encontro do Justiceiro com o Demolidor e a cena em que Castle é perseguido por mafiosos dentro de um zoológico são muito boas. Para completar, ele recheia seus diálogos com humor negro, característica de suas obras.
Ennis também sabe como criar personagens carismáticos. Mamma Gnucci, a chefe dos mafiosos, por exemplo, é demais. Elite, um dos malucos inspirados por Castle, é impagável: ele mata qualquer pessoa mais humilde que passe por seu bairro de luxo.
Dillon é um grande artista. Quem acompanhou o trabalho dele e de Ennis em Preacher, por exemplo, sabe do que os dois são capazes. O desenhista, apesar de pecar um pouco nos rostos (todos são muito parecidos), é ótimo em cenas de ação, o que faz dele uma grande escolha para HQs do Justiceiro.
A fraca adaptação cinematográfica do Justiceiro, inclusive, utilizou alguns elementos de Bem-vindo de volta, Frank, como a "amizade" de Castle com os moradores do prédio onde está escondido e o embate contra o gigante russo. Mas a HQ original é muito, muito melhor.
Como extras, a Panini incluiu um pequeno texto introdutório escrito por Ennis e as capas originais de Tim Bradstreet. Papel especial e capa cartonada completam o acabamento deste encadernado indispensável para qualquer fã do personagem.
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