JUSTICEIRO & ELEKTRA # 9
Título: JUSTICEIRO & ELEKTRA # 9 (Panini Comics) - Revista mensal
Autores: Justiceiro - Garth Ennis (roteiro) e Steve Dillon (desenhos);
Elektra - Greg Rucka (roteiro) e Carlos Meglia (desenhos).
Preço: R$ 2,90
Número de páginas: 48
Data de lançamento: Outubro de 2003
Sinopse: Irmandade - Parte Dois - Em meio à investigação sobre policiais corrompidos por traficantes, Frank Castle descobre um tira perdido e atolado em dívidas com o submundo, e um outro honesto, mas alcoólatra e covarde.
A tensão aumenta. Algo grande está para acontecer.
Everything old is new again - Parte 2: A História de Drake - Elektra continua, sob a tutela de Drake, o doloroso processo autocrítica, com o intuito de se tornar uma lutadora mais ética e em paz consigo mesma.
Drake, ciente da dimensão do desafio, auxilia-a contando a própria historia. E, para tornar tudo ainda pior, membros da Tentáculo estão chegando.
Positivo/Negativo: A dupla Ennis e Dillon manda ver, sem frescura ou qualquer preocupação com o dito bom gosto, uma aventura sobre os conflitos que envolvem corrupção, fé, drogas e violência doméstica. Sobra tiro, gente mal-encarada e algumas lágrimas bem amargas.
O diálogo entre o padre e o instável policial Mike Pearse é um desses murros no baixo estômago da hipocrisia e do sentimentalismo, que até parece dirigido a um povo, de um certo país latino-americano, que ainda acredita nas virtudes da passividade.
É evidente que a violência do personagem Justiceiro é uma fantasia, mas o diálogo citado acima é permeado de um espírito crítico raro em HQs, e merece a atenção por tocar em questões bem mais assustadoras do que os tiroteios irreais desta aventura.
Já no reino da decadência da personagem chamada Elektra, uma supressa pra lá de agradável: entra em cena o desenhista Carlos Meglia.
Pela arte de linhas bem marcadas de Meglia, o medíocre roteiro de Rucka tornou-se, de maneira explícita, uma piada divertida: o leitor ganha um trabalho irônico e inteligente, um mix de cores berrantes que lembra os desenhos animados do Laboratório de Dexter e aqueles da "banda-cartoon" Gorillaz, de Damon Alborn.
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