KEN PARKER # 27
Autores: Giancarlo Berardi (roteiro), Giorgio Trevisan (desenhos) e Ivo Milazzo (capa).
Preço: R$ 22,00
Número de páginas: 104
Data de lançamento: Fevereiro de 2004
Sinopse: Descrito por Berardi em sua introdução como um conto - por isso o subtítulo Era uma vez -, este episódio se passa no vilarejo de Big Timber, em Montana Meridional, no fim de março de algum ano na segunda metade do século XIX.
A primavera chegou e Hermes, o Mágico, e sua trupe de saltimbancos cruzam as pradarias. Formam uma família feliz, mas têm um problema: o desejo incontrolável do avô de cometer pequenos furtos como forma de compensar a solidão da viuvez.
Perto de Big Timber, sua próxima parada, o grupo conhece e fica amigo de Ken Parker, que parte em seguida, mas não sem antes impedir o vovô de levar sua carteira. Seus caminhos se cruzam outra vez na pequena cidade, onde um assalto coloca o herói como principal suspeito.
Por reagir à prisão, Parker pode ser enforcado, o que ajudará na reeleição do xerife. Sua única esperança é Hermes, que precisa descobrir o verdadeiro criminoso, antes que seja tarde demais.
Positivo/Negativo: Esta edição de Ken Parker é uma mescla de humor e tensão, com pitadas de romantismo. Bem ao seu estilo, Berardi novamente faz dos personagens secundários os protagonistas da trama.
A paixão entre o mágico e a esposa serve para um momento de pura poesia. Entre tapas e beijos, enquanto os dois discutem e iniciam uma carinhosa reconciliação, o leitor acompanha uma cena do lado de fora da casa, na qual o casal de cães da família parece fazer o mesmo, como se o diálogo dos humanos fosse compreendido por eles. Mais uma demonstração do talento e da sensibilidade desse excelente roteirista.
Os toques de humor ficam por conta das participações do vovô larápio, mas ao conhecer a viúva Myrna ele acaba encontrando um passatempo bem melhor do que afanar coisas.
A seqüência em que a família de saltimbancos realiza uma intrincada ação conjunta para inocentar Parker e revelar o verdadeiro culpado é, ao mesmo tempo, divertida e instigante.
Os desenhos de Trevisan, apesar de competentes, não têm o mesmo impacto dos de Milazzo, pois seu traço mais carregado de hachuras torna a arte sempre mais "pesada".
No aspecto gráfico, a edição está impecável, o que já é praxe no trabalho da Tapejara.
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