Confins do Universo 204 - Marcelo D'Salete fazendo história (em quadrinhos)
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KRAZY KAT

1 dezembro 2005


Título: KRAZY KAT (Opera
Graphica
) - Edição especial
Autor: George Herriman (roteiro e desenhos)

Preço: R$ 12,90

Número de páginas: 96

Data de lançamento: Setembro de 2003

Sinopse: Compilação de histórias dominicais de páginas inteiras, compreendendo o período de 3 de janeiro de 1926 a 26 de dezembro de 1926, com as peripécias do gato (ou seria gata?) Krazy, do rato Ignatz e sua família e do cão policial Ofissa Pupp.

Positivo/Negativo: Este álbum faz parte da coleção Opera King, que se propôs a editar por algum tempo clássicos dos quadrinhos.

O volume começa com o pé direito, trazendo uma introdução de Bill Blackbeard, que analisa a produção de George Harriman, mostrando quais suas principais influências. A seguir, um box intitulado Krazy Kat no Brasil, apresenta um pequeno texto do Ota, sobre o passado de publicações do personagem por aqui.

A edição permite que o leitor tenha uma pequena amostra desse grande clássico das histórias em quadrinhos, que influenciou o trabalho, dentre outros, de Robert Crumb, Will Eisner, Ivo Milazzo e Angeli.

Krazy Kat é uma obra que revolucionou a linguagem dos quadrinhos quando foi lançada. Herriman brincava com os requadros e abusava de tiradas surreais nas histórias.

Além disso, o jeito que Krazy fala é completamente pirado, misturando vários dialetos norte-americanos.

O álbum da Opera Graphica é bem cuidado, mas peca em dois momentos. Apesar da tradução ser competente, com diversas notas situando o leitor nos trocadilhos, a adaptação tentou imitar a maneira confusa de Krazy se comunicar, adaptando-a para o português; e o resultado não ficou satisfatório.

Outro deslize da editora foi o fato de mudarem o formato da história para caber no livro. Originalmente, as pranchas saíram no formato meio-tablóide (cerca de 40 x 30 cm) e agora foram editadas no formato 16 x 23 cm.

Não seria um problema tão grave se a ordem dos requadros não fosse alterada para que a história coubesse em duas páginas. Assim, a arte original de Herriman ficou dividida, perdendo um pouco das peripécias que ele fazia.

 

Classificação:

4,0

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