Lady Killer 2
Editora: Dark Horse – Edição especial
Autores: Jöelle Jones (roteiro e arte), Michelle Madsen e Laura Allred (cor). Originalmente em Lady Killer 2 # 1 a # 5.
Preço: US$ 17,99
Número de páginas: 136
Data de lançamento: Outubro de 2017
Sinopse
A família Schuller mudou-se para Cocoa Beach, na Flórida, onde a vida continua como de costume. Josie segue fazendo malabarismos com reuniões de Tupperware, sua família e algumas cabeças humanas. No entanto, quando alguém do seu passado se torna inconveniente, ela precisará limpar seu rastro.
Positivo/Negativo
Na década de 1960, devido à grande atuação do movimento feminista, muitas mulheres foram incentivadas a trabalhar fora, equilibrando a vida doméstica e a profissional.
Mesmo aquelas que não abraçaram uma profissão propriamente dita, tentavam ampliar seus dividendos por meio das revendas de algum produto. E uma das marcas mais populares era a Tupperware.
E como uma pacata reunião de demonstração de Tupperware pode gerar uma estupenda sequência de humor negro, com pitadas de gore? Quem tem a resposta é a quadrinhista Jöelle Jones, responsável por roteiro e arte do segundo arco de Lady Killer.
Após os eventos turbulentos do primeiro álbum, a família Schuller se muda para a Flórida, e Josie resolve abrir seu próprio negócio no ramo do assassinato por encomenda.
Ela está dando conta do recado, mas se ressente de não mais poder fazer aquela matança bem suja, sua marca registrada, pois quem precisa limpar a bagunça e cuidar dos corpos é a própria. Como um anjo da desova, Irving, um velho colega, aparece e lhe propõe sociedade.
Josie vai lidando com sua vida dupla (de esposa, mãe, dona de casa e assassina), fazendo de tudo para manter sua sogra de bico fechado, até ser pega de surpresa com a notícia de que Irving era conhecido de Mamãe Schuller, que, pressionada, acaba lhe revelando o mórbido segredo dele.
Para preservar sua família e sua reputação nos negócios, Josie precisará afastar-se de seu colega, e isso pode ser uma tarefa mais sanguinolenta do que esperava. Os desdobramentos desta ação dão muito pano pra maga de um possível terceiro arco.
Este segundo arco de Lady Killer está mais brutal e corrosivo. Jones soube segurar a onda de escrever os roteiros sem seu parceiro habitual, Jamie S. Rich, dando continuidade às sequências de assassinato hilariantes e cruéis, explorando mais a família Schuller, em especial a vivência nazista de Mamãe Schuller, e ecos bem presentes do passado de Josie (fazendo a personagem aceitar que o prazer e a necessidade de matar está em seu DNA).
Nas cores, Michelle Madsen substitui à altura o trabalho da Laura Allred, utilizando praticamente a mesma paleta anterior, misturando tons quentes com terrosos.
Como Bônus, o encadernado traz esboços e uma página limada por falta de espaço, além do trabalho de pesquisa de Jones com padrões de papel de parede da década de 1960 para compor os cenários da trama.
Com a crescente popularidade de Jones (além de ser a primeira mulher a fazer capas e arte interna para HQs do Batman, ela foi chamada pela DC para escrever e desenhar a nova série da Mulher-Gato), é bem capaz de a Panini lançar Lady Killer por aqui.
Classificação:
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