LANÇAMENTO # 1 - MULHER MARAVILHA
Editora: Ebal - Revista mensal
Autores: Renascimento na Ilha Paraíso - Gerry Conway (roteiro), Jose Dalbo (desenhos), Vincent Colletta (arte-final), Jerry Serpe (cores) e Len Wein (supervisão);
Ressurge a Mulher-Maravilha - Gerry Conway (roteiro), Jose Delbo e Dave Hunt (desenhos), Vincent Colletta (arte-final), Jerry Serpe (cores) e Len Wein (Supervisão) ;
Outra vez na escuridão - Paul Levitz e Joe Staton (roteiro), Steve Mitchell (arte-final) e Gene D'Angelo (cores).
Preço: CR$ 2.500,00 (preço da época)
Número de páginas: 48
Data de lançamento: Julho de 1983
Sinopse
Ressurge a Mulher-Maravilha - Na Ilha Paraíso, a Princesa Diana é amparada por sua mãe e sofre com a morte de Steve Trevor. Enquanto ajuda suas irmãs amazonas, mal sabe que seu amado está prestes a voltar.
Prestes a retornar ao mundo dos homens como a Mulher Maravilha, Diana salva da morte um Steve Trevor de uma Terra paralela.
Outra vez na escuridão - Na Terra 2, a Caçadora, filha de um falecido Batman, investiga uma quadrilha de receptação de quadros roubados e se depara com um supervilão no fim da história.
Positivo/Negativo
Graficamente, a Ebal sempre tratou com muito esmero as suas revistas de super-heróis, mesmo no velho formatinho. Mas isso não impedia que erros de revisão, impressão e letreiramento estragassem a leitura de histórias como a desta edição, que trazia de volta a Mulher Maravilha (assim, sem o hífen) em um título próprio.
O gibi reconta a história da Princesa Diana e de como ela se tornaria, novamente, a defensora do mundo dos homens. A introdução do redator lembra todas as edições anteriores - da Ebal - em que a Mulher Maravilha fez algumas aparições e narra rapidamente a origem da personagem. O texto é mais esclarecedor do que tudo a seguir.
O roteiro é ingênuo e apressado. Em uma época em que a DC Comics ainda lidava com diversas Terras paralelas, o que se via eram tentativas de espremer informações em poucas páginas.
Por se tratar de uma primeira edição, a Ebal sentiu-se na obrigação de situar o leitor e tentar contar todas as desventuras de Diana e a origem da Mulher Maravilha alardeada na capa com um enorme "Uau!".
A edição ainda recorre a recordatórios poéticos e de vocabulário rebuscado, que permeiam toda a trama, na tentativa de explicar o que aconteceu com Diana e Steve Trevor anteriormente.
Se a revista ganha pontos pela arte de Jose Delbo e Vincent Colletta, perde com falhas na impressão e letreiramento. A tentativa de espremer a nova origem da amazona em 33 páginas acaba não funcionando.
A história se resume no romance entre Diana e Steve Trevor - que estaria prestes a acontecer de novo - e no desespero de Hipólita, rainha das amazonas, para curar a dor de sua filha, que havia perdido o grande amor de sua vida.
A batalha em alto-mar e o encontro com seres estranhos no que seria o Triângulo das Bermudas parece descartável. Os cortes mostrando a preparação de Trevor para o encontro com Diana na Ilha Paraíso são bem colocados, ainda que não necessitassem do título Intervalo a cada vez que a história sai da ilha das amazonas.
Pior ainda são outros interlúdios inexplicáveis, nos quais um vilão chamado Santo - que se mantém oculto - consegue falir um banco em dois dias e fazer com que dois trens se choquem no Japão.
No fim, os apelos de Hipólita a Afrodite acabam sendo em vão. A Mulher Maravilha volta para a Terra, já devidamente uniformizada, e com Steve Trevor a bordo de seu avião invisível. Um inexplicável recomeço que a rainha das amazonas credita ao destino. Pronto! Assim, os editores já poderiam voltar a publicar as histórias de Diana sem se preocupar demais com o que ficou para trás.
A aventura da Caçadora, que finaliza a edição, sofre do mesmo mal. A tentativa, novamente, é de explicar tudo em poucos quadros. A heroína da Terra 2, ao investigar uma quadrilha de roubo de obras de arte acaba esbarrando em Solomon Grundy.
Apesar de ser um complemento na revista, a trama é potencialmente melhor que a principal. Mas, depois de oito páginas, simplesmente acaba.
Classificação: