LANTERNA VERDE GERAÇÕES ESMERALDA, GERAÇÕES DO MEDO # 1 e # 2
Título: LANTERNA VERDE: GERAÇÕES ESMERALDA, GERAÇÕES DO MEDO # 1 e # 2 (Mythos Editora) - Minissérie em duas edições
Autores: Ron Marz (roteiro) e Brad Parker (arte).
Número de páginas: 40 páginas (cada edição)
Preço: R$ 5,50
Data de lançamento: Maio de 2003
Sinopse: Durante a Segunda Guerra Mundial, Nazistas liberam nos Estados Unidos um antigo ser de sua hibernação. O cume da Pirâmide de Gizé continha o Olho de Osíris e, aprisionado ali, uma criatura imensa, na forma de um olho com tentáculos, derrota facilmente a Sociedade da Justiça.
Mas, ao atacar os heróis com seus maiores temores, acaba sendo eliminada pelo Lanterna Verde Alan Scott, que não se rende ao medo, e a criatura volta a ser feita de rocha.
Anos depois, durante a Guerra Fria, soviéticos tentam roubar a rocha com o Olho de Osíris, mas são impedidos por Hal Jordan, o Lanterna Verde. No entanto, a criatura absorve a energia do anel, e volta à vida, muito mais ameaçadora.
Parte da Liga da Justiça tenta ajudar Jordan, mas todos são derrotados. Ao confrontar o Lanterna com seu maior medo, Coast City aparece destroçada por uma hecatombe nuclear. Isso deixa o herói furioso, e ele ataca a criatura com força total, derrotando-a.
No presente, o Lanterna atual, Kyle Rayner, está jogando cartas com Alan Scott e os ex-lanternas Guy Gardner e John Stewart. Posteriormente, numa visita a um museu, Kyle, sem querer, desperta uma estranha criatura. Novamente, o ser está vivo, e ainda maior.
Kyle é obrigado a confrontar seus medos, com a ajuda de Alan Scott. A Liga aparece, mas o Lanterna decide seguir seu próprio plano para eliminar a criatura. Se falhar, as conseqüências podem ser drásticas.
Positivo/Negativo: Uma premissa muito interessante, juntar os principais Lanternas Verdes, em diferentes períodos, em torno de uma ameaça comum e da capacidade de cada um de reagir ao medo.
Afinal, essa é a principal característica destes heróis: lidar com seus temores, sendo homens "sem medo".
O problema é o inimigo em questão: um monstro capaz de despertar os piores pesadelos de cada um, mas que, de ameaçador, não tem nada, lembrando (propositalmente) aquelas criaturas de filme B de ficção cientifica.
Pela enésima vez, Ron Marz faz um mea culpa e volta a apresentar Hal Jordan como o grande Lanterna Verde de todos os tempos. O que o personagem é, de fato. Mas, já que os próprios roteiristas (e boa parte dos leitores) acha isso, por que diabos foram fazer aquela "lambança" toda com o personagem?
Super-Homem, Mulher-Maravilha e o próprio Batman já foram descaracterizados (respectivamente, o primeiro morreu, a Amazona foi substituída pela própria mãe e o Morcego ficou paralítico), mas todos voltaram ao seu "normal".
Já os pobres Barry Allen (Flash) e Hal Jordan, literalmente, dançaram. O próprio Guy Gardner, um Lanterna Verde de estilo único, também deixou saudades. É bom que os personagens da DC, secundários ou não, mantenham os olhos sempre bem abertos, porque qualquer um pode ser o próximo!
Tempos atrás, o atual editor da Devir, Leandro Luigi Del Manto, escreveu uma coluna no extinto site AREA-51 sobre seu encantamento, quando criança, com o personagem Capitão Marvel, já que era muito mais fácil virar um Super-Herói exclamando SHAZAM, do que vir de Krypton e ser um Super-Homem.
Pois bem, é o mesmo encanto proporcionado por um herói que recebe um anel energético, e pode, literalmente, dar asas à sua imaginação. Quem já não quis ter um destes?
Também é ótimo rever Jordan recarregando seu anel, ao som do juramento (aqui um pouco alterado na tradução da Mythos) "No dia mais claro, na noite mais densa, o mal sucumbirá à minha presença. Todo aquele que venera o mal há de penar, quando o poder do Lanterna Verde enfrentar".
Terminando, o que salta os olhos nessas duas edições é a ótima arte, feita e pintada em computador, com muito bom gosto. E, já o leitor tem que se contentar com homenagens a Hal Jordan, tomara que cheguem outras por aqui!
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