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Lanterna Verde / Surfista Prateado

1 dezembro 2011

LANTERNA VERDE / SURFISTA PRATEADOEditora: Abril Jovem - Edição especial

Autores: Ron Marz (roteiro), Darryl Banks (desenhos e capa), Terry Austin (arte-final), International House of Colors (cores) e Gloria Velasquez (colorização da capa) - Originalmente publicado em Green Lantern/Silver Surfer - Unholy Alliances, em 1995.

Preço: R$ 4,20 (preço da época)

Número de páginas: 48

Data de lançamento: Março de 1997

Sinopse

Vagando pelo espaço sideral, o Surfista Prateado defronta-se com um ser metade humano, metade máquina, jamais visto naquele universo: o Ciborgue.

Após um rápido desencontro entre os dois, Parallax aparece e oferece ao antigo arauto de Galactus uma oportunidade única de expiação para os numerosos pecados do seu passado.

Enquanto isso, em um universo paralelo, Kyle Rayner esbarra com Terrax, que logo é derrubado por ninguém menos que Thanos. O traiçoeiro vilão cósmico planeja angariar uma aliança com o Lanterna Verde, com o propósito de impedir Parallax em seus insanos planos de reconstrução das realidades.

Dois heróis, dois vilões. Duas alianças profanas são forjadas.

Positivo/Negativo

A década de 1990 foi tão vantajosa para uma desgastante mercantilização visual dos quadrinhos que, como era de se esperar, logo vieram à tona os famosos encontros entre personagens de várias editoras. Esses crossovers apoiavam-se num enredo básico, feito a toque de caixa, sem muitas pretensões, no qual o principal destaque seria juntar dois ou mais heróis e vilões em confrontos frenéticos.

Se os desenhos fossem ao estilo em voga naqueles tempos, melhor ainda. Era isso que o público consumidor ansiava; foi isso que as editoras ofertaram e muitos (mesmo!) desses encontros ainda hoje não desceram pela garganta da crítica mais acirrada.

Discutíveis fatores artísticos e comerciais à parte, poucos embates da época entre Marvel e DC chegaram a merecer alguns pontos positivos, como a HQ aqui analisada.

Este encontro entre dois dos maiores heróis cósmicos das editoras rivais, ainda que trivial, não compromete inteiramente a leitura. Amparando-se na velha fórmula de "briga primeiro, parceria depois", ao menos desta vez ambos os protagonistas tiveram seus motivos para um inicial desentendimento.

Razões que dão abertura para a intromissão dos vilões que, cada qual ao seu modo, estavam em alta nos quadrinhos de suas respectivas casas editoriais.

Os objetivos opostos de Thanos e Parallax geram um interessante panorama comparativo: enquanto um deseja recriar, refazer tudo que considerava perdido, o outro quer somente a completa destruição de tudo que existe, em nome da sua "amada".

Para isso, jogam herói contra herói e depois terão eles mesmo, além de se enfrentarem, que encarar o contra-ataque do Lanterna Verde e do Surfista Prateado.

Então, os típicos embates corporais têm vez, comandam quadro a quadro, bem coreografados e sem restrições.

Em uma cena específica, Kyle chega a absorver rapidamente todo o refugo energético que havia no local onde o planeta Oa existia - que teria criado uma fenda dimensional entre as realidades alternativas. Talvez fosse um sinal do que o futuro reservaria para si, na forma da entidade Íon.

Resumindo: história básica e simples, somente isso. Diversão descompromissada.

Com um texto rápido, amparado em diálogos motivacionais e ideológicos (ainda mais no caso do Surfista), toda a narrativa é transposta para o papel com a pasteurizada arte de Darryl Banks - responsável pela primeira aparição de Hal Jordan/Parallax em Green Lantern # 50, dando-lhe esse nome, e as edições subsequentes de Kyle Rayner ostentando o legado esmeralda.

O desenhista não economiza no traço e preenche as páginas com uma arte competente no que importa, mediana, não seguindo a toada dos exageros anatômicos em moda à época, porém ousando nas poses e garantindo algumas boas cenas de ação. Méritos pra sua página dupla retratando o encontro entre os super-heróis.

Esta edição especial apresentou um prelúdio aos acontecimentos ocorridos na primeira série DC vs. Marvel, publicada em quatro edições pela Abril, coescrita pelo mesmo Ron Marz com Peter David.

Classificação:

 

2,5

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