LEGEND OF THE GREEN FLAME
Título: LEGEND OF THE GREEN FLAME (DC Comics) - Edição especial
Autor: Neil Gaiman (texto), Eddie Campbell, Mike Allred, Mark Buckingham, John Totleben, Matt Wagner, Eric Shanower, Jim Aparo, Kevin Nowlan e Jason Little (desenhos) e Terry Austin, Arthur Adams (arte-final).
Preço: US$ 5,95
Número de páginas: 40
Data de lançamento: Novembro de 2000
Sinopse: Em um museu, Superman e Lanterna Verde encontram uma velha bateria que aparentemente pertenceu a um companheiro de Tropa de quem Hal Jordan sequer se recorda.
Mas a peça não é o que parece - e faz os dois heróis caírem em um mundo bastante perigoso.
Positivo/Negativo: Em 1986, a revista Action Comics - em cujas páginas o Homem de Aço surgiu, em junho de 1938 - tinha se tornado uma antologia semanal de aventuras curtas.
Além de seu astro histórico, Superman, a revista tinha também Lanterna Verde, Mulher-Gato, Desafiador, Etrigan, Vingador Fantasma e Falcão Negro. Mas a fase estava com os dias contados, e o então editor Mark Waid decidiu chamar Neil Gaiman, um jovem inglês que tinha acabado de fazer seus primeiros trabalhos para a DC - incluindo Orquídea Negra, então inédita.
O roteiro ficou pronto, mas Gaiman teve um problema. Mike Carlin estava assumindo o cargo de editor do Homem de Aço e decretara que apenas os Kent, Peter Ross e talvez Mxyzptlk saberiam a identidade secreta do herói. Logo, todo o começo de Legend of the Green Flame teria que ir para o lixo.
Carlin e Gaiman entraram em um acordo: deixariam a série de lado. E foi assim que aconteceu.
Mas, logo depois, Gaiman se tornou uma celebridade - e um dos quadrinhistas mais importantes de sua geração. Orquídea Negra, com Dave McKean, foi um sucesso. Sandman se transformou em uma obra-prima. E a história que fora para o lixo acabou ganhando um vulto nunca antes imaginado. Finalmente, passados 12 anos, havia chegado a hora de imprimi-la.
Naquelas alturas, nem Gaiman nem a DC tinham o roteiro original. A edição especial foi montada a partir de uma cópia que o roteirista deixara com um amigo. Além disso, era preciso que alguém a desenhasse.
Gaiman lembrou de Buckingham - que havia sido convidado para fazer um capítulo em 1986 - e reuniu um grupo de amigos em torno do projeto. Além dos desenhistas do miolo, Frank Miller fez a capa.
As oito partes da história mostram desde a descoberta da antiga bateria até uma visita dos dois heróis ao inferno. Não é algo excepcional e está longe de apresentar o poder criativo que Gaiman mostrou em Sandman, mas a origem da revista é tão rica que a torna absolutamente interessante.
A começar pela idéia de fazer Superman conhecer os nove círculos (uma sugestão de Alan Moore - e, como homenagem, a visão do inferno é a mesma que o autor usou em O Monstro do Pântano).
Essa não é a única homenagem - com exceção de Etrigan, então bloqueado para outro projeto, todos os protagonistas de séries de Action Comics Weekly participaram da história.
É curioso perceber as semelhanças do roteiro com o primeiro arco de Sandman, em que Lorde Morpheus visita o inferno em busca de uma peça antiga de poder mágico incalculável. Até mesmo o ritmo do texto é mais lento que o das HQs de super-heróis comuns.
No Brasil, a história foi publicada no terceiro número da revista Wizard, sem o prefácio de Gaiman nem o posfácio de Mark Waid. A edição norte-americana trouxe também uma síntese da biografia de cada um dos autores.
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