LENDAS DO UNIVERSO DC ONLINE # 1
Editora: Panini Comics - Minissérie mensal em nove edições
Autores: Marv Wolfman e Tony Bedard (roteiro), Howard Porter e John Livesay, Adriana Melo e Norman Lee, Mike S. Miller (arte) e Carrie Strachan (cores) - Originalmente publicado em DC Universe Online: Legends # 1 a # 3.
Preço: R$ 6,50
Número de páginas: 72
Data de lançamento: Setembro de 2011
Sinopse
Num futuro próximo, Lex Luthor, no comando dos maiores vilões do mundo, consegue derrotar a Liga da Justiça e assassinar o Superman. Mas ele é traído por Brainiac, que aproveita a situação para dominar a Terra devastada.
Luthor, então, decide reunir heróis e vilões remanescentes e lutar pela resistência do planeta.
Positivo/Negativo
Esta primeira edição da minissérie inspirada no jogo de sucesso apresenta bem a situação dramática vivida por heróis e vilões do Universo DC, com ação em larga escala, grande número de personagens e alianças inesperadas. Sem dúvida, o maior atrativo é tratar-se de uma história independente da cronologia oficial da editora, com os heróis em versões icônicas e sem grandes complicações.
O roteirista Marv Wolfman, que já provou no épico Crise nas Infinitas Terras ter talento para trabalhar um sem-número de personagens, realiza um trabalho apenas mediano. É verdade que a proposta é ousada: o Superman é morto logo na abertura, ao passo que o planeta inteiro é dominado e seus maiores heróis tombam. Mas a narrativa fracassa em transmitir o senso de urgência que a trama pede.
O texto em primeira pessoa narrado por Lex Luthor se limita a repetir como ele é um gênio incomparável, sempre quis livrar a Terra da influência do Superman e acabou por deixá-la vulnerável a uma ameaça muito pior. Heróis e vilões desfilam pelas páginas em confrontos burocráticos e os dilemas éticos não emocionam.
Além disso, a narrativa retrocede e avança no tempo, mostrando como evoluiu a parceria entre Luthor e Brainiac e a dominação da Terra, mas fica difícil sofrer com os heróis.
Trata-se de uma aventura vazia, enfim. Os desenhos, porém, se não chegam a fazer bonito, não comprometem. Howard Porter, Mike S. Miller e Adriana Melo funcionam bem em sagas de super-heróis, transmitindo especialmente o desespero das situações.
A cena em que a Poderosa chora com o corpo do Superman nos braços, ecoando o destino da Supergirl em Crise, é um exemplo claro. A série pode agradar a quem gosta de histórias convencionais de super-heróis, mas quando a Terra é conquistada e o leitor não se importa, é sinal de que há algo errado.
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