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LIGA DA JUSTIÇA # 1

1 dezembro 2012

LIGA DA JUSTIÇA # 1

Editora: Panini Comics - minissérie mensal em cinco edições

Autores: Liga da Justiça - Parte Um (Justice League # 1) - Geoff Johns (roteiro), Jim Lee (desenhos), Scott Williams (arte-final) e Alex Sinclair (cores);

Capitão Átomo em Evolução das Espécies (Captain Atom # 1) - JT Krul (roteiro), Freddie Williams II (arte) e José Villarrubia (cores);

Liga da Justiça Internacional - Os Mestres dos sinais - Parte 1 (Justice League International # 1) - Dan Jurgens (roteiro), Aaron Lopresti (desenhos), Matt Ryan (arte-final) e Hi-Fi (cores).

Preço: R$ 5,90

Número de páginas: 64

Data de lançamento: Junho de 2012

 

Sinopse

Liga da Justiça - Investigando relatos de atividades alienígenas hostis, o Lanterna Verde viaja até Gotham City e confronta Batman, o misterioso protetor da metrópole. E essa dupla improvável de heróis terá um desafio inimaginável pela frente.

Capitão Átomo - Surge um novo super-herói dotado de poderes quase absolutos no planeta, mas sua carreira pode ser mais curta do que ele previa.

Liga da Justiça Internacional - A ONU seleciona heróis de diversos países para compor uma nova equipe de superseres sob seu controle, e suportar uns aos outros pode ser a maior dificuldade desses justiceiros.

Positivo/Negativo

Aproveitando a oportunidade de renovar uma das maiores franquias do mundo dos quadrinhos por conta do reboot, a DC Comics escalou seus artistas mais populares para contar as novas histórias da Liga da Justiça. Com texto de Geoff Johns e arte de Jim Lee, o título da equipe é sucesso absoluto de vendas nos Estados Unidos, com tiragem esgotada e várias reimpressões. E chega ao Brasil com a promessa de também conquistar o público por aqui.

A trama de abertura é uma aventura de super-heróis sem dramas ou complicações desnecessárias, investindo na ação e em caracterizações bem pensadas de Batman e Lanterna Verde.

Foi um grande acerto da parte do roteirista a decisão de iniciar a jornada dos justiceiros com essa dupla de heróis que não se entendem, considerando sua rivalidade natural e o fato de que eles vivem uma fase de popularidade incomparável em suas séries mensais.

É curioso observar como Johns se sai ao narrar a nova existência da Liga da Justiça, tendo reiniciado sua história do zero, já que ele é um dos autores que mais faz uso da cronologia pregressa dos personagens que trabalha. Em títulos como Sociedade da Justiça, Lanterna Verde e Gladiador Dourado, o autor aproveitou toda a bagagem anterior dos super-heróis para compor um mosaico de ideias coerentes com a evolução do Universo DC.

Em Liga da Justiça, no entanto, a opção por ignorar o passado permite uma abordagem diferenciada, e não há dúvidas de que acompanhar os primeiros encontros dos defensores do planeta é uma experiência fascinante.

Também chama a atenção o bom humor da narrativa, como se os autores estivessem realmente se divertindo ao contar a história - e a sensação é contagiante. Talvez a maior diferença da nova formação da Liga em relação à equipe clássica seja a presença do Cyborg, tradicional integrante dos Novos Titãs, mas esta primeira edição ainda não permite afirmar se a mudança funciona. Já a arte de Jim Lee está impactante como sempre.

Infelizmente, os dois títulos que complementam a revista decepcionam. Em especial Capitão Átomo. Com roteiro do fraco JT Krul, é um exemplo claro de série mensal sem muito propósito além de completar o pacote dos Novos 52.

O personagem publicado originalmente pela Charlton Comics já teve uma boa fase na DC após Crise nas Infinitas Terras, quando contou com os talentos de Cary Bates e Pat Broderick, além da notável participação como líder da Liga da Justiça Europa. Mas, depois, ele amargou uma vida de coadjuvante em diversas sagas da editora, incluindo uma série de aventuras curtas relacionadas a Novo Krypton que permanece inédita no Brasil.

Agora, reinventando completamente a proposta do herói, Krul investe numa trama confusa e sem atrativos, a começar pelo vergonhoso discurso sobre a interação do ser humano com as outras espécies de animais que abre a história. É questionável por que a editora continua oferecendo projetos de destaque a um roteirista tão inexpressivo, já que suas fases em Arqueiro Verde e Novos Titãs também não agradaram.

Por fim, a primeira parte do arco de histórias inicial da Liga da Justiça Internacional, por Dan Jurgens e Aaron Lopresti, não chega a ser ruim, mas falha em despertar a devoção do público para a nova formação da equipe.

Jurgens já tem no currículo uma boa fase da Liga da Justiça, que escreveu e desenhou na década de 1990. Contudo, essa nova versão não atinge o potencial de drama político com superpoderes, nem de série engraçadinha com heróis uniformizados. É apenas uma trama bem genérica, e o fato de aproveitar nomes de aclamada fase produzida tempos atrás por Keith Giffen, J.M DeMatteis e Kevin Maguire contribui para a sensação de potencial desperdiçado.

Uma nova heroína chamada Godiva, por exemplo, parece se limitar aos flertes com o Gladiador Dourado, e o restante da equipe só acompanha o líder. Por outro lado, os desenhos de Lopresti são corretos, e ele até se mostra uma boa escolha para a série. O problema mesmo é a falta de direção do texto.

Apesar de tudo, Liga da Justiça conta com uma das séries mais chamativas da nova fase da DC Comics, e é um prato cheio para os amantes de sagas mais tradicionais de super-heróis com um tempero extra.

 

Classificação:

4,0

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