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LIGA DA JUSTIÇA # 2 - NOVOS 52

1 dezembro 2012

LIGA DA JUSTIÇA # 2 - NOVOS 52

Editora: Panini Comics - Revista mensal

Autores: Liga da Justiça - Parte Dois (Justice League # 2) - Geoff Johns (roteiro), Jim Lee (desenhos), Scott Williams (arte-final) e Alex Sinclair (cores);

Blocos de reconstrução (Captain Atom # 2) - JT Krul (roteiro), Freddie Williams II (arte) e José Villarrubia (cores);

Os mestres dos sinais (Justice League International # 2) - Dan Jurgens (roteiro), Aaron Lopresti (desenhos), Matt Ryan (arte-final) e Hi-Fi (cores).

Preço: R$ 5,90

Número de páginas: 64

Data de lançamento: Julho de 2012

 

Sinopse

Liga da Justiça - Superman enfrenta Batman e Lanterna Verde, que contam com um reforço inesperado: o Flash!

Capitão Átomo - O herói tenta ajudar um garoto que sofre de câncer no cérebro.

Liga da Justiça Internacional - A superequipe a serviço da ONU sofre sua primeira grande derrota.

Positivo/Negativo

A nova revista da Liga da Justiça, lançada após o reboot com o lançamento dos Novos 52 da DC Comics, segue um padrão de aventura estilo blockbuster cinematográfico, porém com excelentes caracterizações e boa interação entre personagens.

O tom da narrativa remete à grandiosa fase da Liga escrita por Grant Morrison, que influenciou também títulos como The Authority, por exemplo. Agora Geoff Johns e Jim Lee aproveitam o relançamento de todo um universo para apresentar super-heróis consagrados se encontrando pela primeira vez, lutando uns contra os outros e depois se aliando contra uma ameaça comum.

Evidente que este é um dos recursos mais batidos dos quadrinhos, mas funciona bem na nova série. As personalidades de Superman, Batman e Lanterna Verde surgem um pouco diferentes do que se esperaria deles, justificando a reformulação e apontando caminhos inesperados para os maiores defensores do planeta.

O novo Superman ainda é inexperiente, muito mais esquentado e impaciente, contrastando com o Batman racional e metódico, enquanto o Lanterna Verde Hal Jordan é pura arrogância. O recém-chegado Flash destoa de tudo isso, e funciona mais uma vez como ponto de identificação para os leitores.

Paralelamente, Johns vai preparando o terreno com a ameaça de Darkseid, primeiro grande vilão a surgir depois do reboot. A escolha foi acertada, mas o foco aqui não é nos inimigos, mas na forma como os próprios heróis lidam como esse novo mundo de poderes incríveis e uniformes coloridos.

A arte de Jim Lee, como de costume, enche os olhos, ilustrando perfeitamente as cenas de combate e conferindo um ar de imponência dos futuros integrantes da Liga da Justiça. Johns e Lee logo fazem o leitor esquecer as fases menos inspiradas pelas quais a equipe passou recentemente, abrindo caminho para um futuro promissor.

As duas séries que completam a revista, Capitão Átomo e Liga da Justiça Internacional, infelizmente, não conseguem manter o pique.

A história do Capitão Átomo, do roteirista JT Krul, até mostra um crescimento emocional se comparada ao número anterior, mas ainda não diz a que veio. O personagem parece perdido em meio a tantos lançamentos da DC, e não tem um propósito bem definido.

O universo foi renovado e o futuro, reescrito. Mas boa parte de seus super-heróis não acompanhou a evolução. Também não é de estranhar que, com 52 novos títulos, o nível das histórias seria bastante irregular. Talvez fosse melhor um número reduzido de títulos mensais, apenas com os artistas mais gabaritados da editora. Comparando com um reboot anterior na década de 1980, após Crise nas Infinitas Terras, percebe-se que a DC já caprichou mais em suas guinadas criativas.

E Liga da Justiça Internacional, de Dan Jurgens e Aaron Lopresti, tem a HQ mais fraca da edição. A trama reúne um amontoado de clichês do gênero, sem a menor criatividade ou ousadia.

Jurgens está num dos momentos menos inspirados de sua carreira, e nem a arte de Lopresti evita o fiasco. Os heróis parecem todos genéricos, com os flertes da nova heroína Godiva como o ponto mais vergonhoso do texto.

Tanto Capitão Átomo quanto Liga da Justiça Internacional já foram cancelados nos Estados Unidos, cedendo lugar a outros títulos mais promissores. Aqui no Brasil, contudo, o leitor ainda terá que sofrer um pouco mais.

 

Classificação:

4,0

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