LIGA DA JUSTIÇA # 42
Título: LIGA DA JUSTIÇA # 42 (Panini
Comics) - Revista mensal
Autores: Regras do Sindicato - Kurt Busiek (texto), Ron Garney (desenhos) e Dan Green (arte-final);
SJA / SJA - Geoff Johns (roteiro), Don Kramer (desenhos) e Keith Champagne (arte-final);
Verdade ou Conseqüência - Geoff Johns (roteiro), Justiniano (desenhos), Livesay e Walden Wong (arte-final).
Preço: R$ 6,90
Número de páginas: 96
Data de lançamento: Maio de 2006
Sinopse: Regras do Sindicato - O Sindikato do Crime da Amérika e a esquadra de Quard unem a Liga da Justiça com a Elite.
SJA / SJA - A viagem ao passado para visitar a SJA original continua.
Verdade ou Conseqüência - Professor Zoom e a Mulher-Leopardo se unem e atacam o Flash e a Mulher-Maravilha.
Positivo/Negativo: Nesta edição, a Liga da Justiça é obrigada a se unir ao seu lado mais sombrio, a Elite, para enfrentar sua versão do mal de um universo paralelo.
Pensando assim, o argumento até que é bom e desafia o maniqueísmo típico das histórias de super-heróis. Se a Liga era o supra-sumo do politicamente correto até recentemente, em Crise de Identidade, por que não confrontá-la com suas versões corrompidas?
O problema é que Busiek não segura a onda. A saga tem elementos e tramas em excesso e nada nela tem peso. Tudo acaba irrelevante, por mais grandioso que seja. Não há corrupção nem imoralidades. O resultado parece uma daquelas brincadeiras de bonequinhos de super-heróis que as crianças fazem - bandido ataca, mocinho bate, bandido é derrotado. E, francamente, os leitores merecem um pouco mais de inteligência.
Passar essas páginas e chegar à Sociedade da Justiça de Geoff Johns - e com duas histórias na edição - é um alívio. A SJA não tem tramas complicadas e, por não contar com personagens do primeiro escalão, costuma interferir pouco na tal da cronologia da DC.
O resultado disso são histórias com clima, em que o leitor praticamente pode entrar, sentar na sala de estar e passear pelos cenários. Quando Johns nos leva ao passado - ainda mais com a dobradinha Kramer e Champagne -, quase dá para sentir que o ar mudou.
O mesmo Johns é o autor de Flash - e desde o começo de sua participação dava para rebatizar a revista e chamá-la de Flash & Seus Vilões. Diante de um herói com poderes complicados para se trabalhar, o roteirista se segurou no que o personagem tem de melhor: uma galeria de inimigos imbatível - e tosca!
Como combustível, Johns tem criado motivações para que os vilões sejam realmente vilões e odeiem o Flash. Pena que a história desta edição, com participação da Mulher-Maravilha, fica abaixo da média, com um argumento gratuito de dupla de heróis enfrenta dupla de bandidos.
Classificação: