LIGA DA JUSTIÇA # 56
Título: LIGA DA JUSTIÇA # 56 (Panini
Comics) - Revista mensal
Autores: História secreta, verdade sagrada - Howard Chaykin (roteiro), Kilian Plunket (desenhos) e Tom Nguyen (arte-final);
Os vivos têm de pagar? - Paul Levitz (roteiro), Rags Morales (desenhos), Dave Meikis (arte-final) e Luke Ross (arte das seqüências no passado);
A vingança dos Lanternas Verdes - Geoff Johns (roteiro), Ivan Reis (desenhos) e Oclair Albert (arte-final);
Confraria de vilões - Jen Van Meter (roteiro), Patrick Olliffe (desenhos), Ruy Jose e Drew Geracy (arte-final).
Preço: R$ 6,90
Número de páginas: 96
Data de lançamento: Julho de 2007
Sinopse: História secreta, verdade sagrada - A Liga da Justiça decide enfrentar os meta-humanos de Santa Bertriza e Del Canto.
Quando os mortos chamam - Jakeem vai até onde os espíritos moram para achar uma forma de enfrentar o Fantasma Fidalgo. É lá que ele encontra a alma de um Batman morto.
A vingança dos Lanternas Verdes - Em Oa, os Lanternas Verdes descobrem que a cripta da tropa está repleta de caixões vazios. No planeta dos Caçadores Cósmicos, Hal Jordan encontra vários ex-Lanternas que estavam desaparecidos e acabam se unindo a ele na hora de enfrentar o Superciborgue.
Confraria de vilões - O confronto final entre os vilões na sede da SJA.
Positivo/Negativo: Sem grande alarde, este é o terceiro número de LJA que traz uma parte de História secreta, verdade sagrada, arco que Howard Chaykin com a Liga da Justiça.
A história é uma das mais peculiares do grupo de heróis nos últimos tempos: mostra Superman, Batman e outros invadindo secretamente duas republiquetas sul-americanas depois de serem proibidos pela ONU. Ainda assim, a equipe tem o aval do presidente dos Estados Unidos.
Chaykin, um roteirista com verve de polemista, usa os heróis como metáfora e critica a política internacional dos Estados Unidos. Mas a história ultrapassa o mero engajamento e consegue ser uma bela aventura.
O leitor fica curioso especialmente pelo desfecho, na próxima edição. Chaykin não é o tipo de roteirista que deixa uma invasão ilegal passar batido. E a Liga corre o risco de ser punida pela ONU.
Caso isso não aconteça, pode ficar subentendido que a equipe não condenaria invasões como a do Afeganistão e a do Iraque. De uma forma ou de outra, a Liga tomará um partido. Para símbolos tão fortes como Superman, é um peso a se carregar nas costas.
Com menos metáforas, a aventura do Lanterna Verde também se destaca nesta edição. É uma típica HQ de super-herói, inclusive por conta do conhecimento de cronologia que Johns exige do leitor. Mas o roteiro empolga pra valer, principalmente quando aborda a ala violenta da Tropa dos Lanternas Verdes.
Nas mãos de um mau desenhista, é o tipo de trama que tinha tudo para descambar: muitos personagens, um punhado de flashbacks, vários cenários simultâneos e combates até não pode mais. É bastante para as vinte e poucas páginas. Mas o brasileiro Ivan Reis dá conta não só com um traço límpido, mas com uma diagramação e uma composição extremamente eficientes.
São as histórias da Sociedade da Justiça, que já foram destaques no catálogo da DC, que puxam a revista para baixo.
A série regular tem alguns pontos altos, como o misterioso encontro com o Batman morto e a presença de Jade. Há indícios de que a história ainda pode melhorar. Mas, por enquanto, a seqüência não conseguiu manter o brilho nas mãos do roteirista veterano e hoje presidente da DC Paul Levitz.
A situação é pior para o arco de SJA Arquivos Confidenciais, que se encerra nesta edição. Situado cronologicamente na Contagem Regressiva para a Crise Infinita, revive a chatice da minissérie Vilões Unidos.
A Panini, mais uma vez, não avisou que as duas histórias Arquivos Confidenciais não se passam em Um Ano Depois, evento que une as revistas da DC após a Crise Infinita.
A editora ainda está devendo ao leitor uma explicação do perfil dos títulos Classified - que nos Estados Unidos é a linha de revistas com histórias situadas no passado dos personagens produzidas por times criativos diversos.
Classificação: