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LIGA DA JUSTIÇA # 57

1 dezembro 2007


Título: LIGA DA JUSTIÇA # 57 (Panini
Comics
) - Revista mensal

Autores: A vingança dos Lanternas Verdes - Geoff Johns (roteiro), Ivan Reis (desenhos) E Oclair Albert (arte-final);

A estrada de salteadores - Paul Levitz (roteiro), Jerry Ordway (desenhos), Dave Meikis (arte-final) E Luke Ross (arte das seqüências no passado);

História secreta, verdade sagrada - Howard Chaykin (roteiro), Kilian Plunket (desenhos) e Tom Nguyen (arte-final).

Preço: R$ 6,90

Número de páginas: 96

Data de lançamento: Agosto de 2007

Sinopse: A vingança dos Lanternas Verdes - O Superciborgue usa Arísia, ex de Hal Jordan dada como morta, para intimidar o Lanterna Verde.

A estrada de salteadores - Em Londres, o Fantasma Fidalgo encontra aliados em sua batalha contra a Sociedade da Justiça.

História secreta, verdade sagrada - A Liga da Justiça descobre que há uma corporação holandesa nos bastidores da guerra de meta-humanos entre Santa Bertriza e Del Canto.

Positivo/Negativo: Paul Levitz é um autor veterano com um currículo repleto de boas séries. Mais que isso: acabou se tornando o presidente da DC Comics.

Curiosamente, porém, é ele quem atrapalha LJA # 57, que traz duas partes do empolgante arco de Chaykin em LJA - Arquivos Confidenciais e um capítulo do Lanterna Verde de Johns e Reis, além da SJA, de Levitz.

A Sociedade da Justiça, por si só, não chega a ser um grupo carismático. Quem o colocou em evidência foi justamente Geoff Johns, por conta de histórias caprichadas, com um tom nostálgico na medida. Seu texto fazia personagens antigos terem um charme próprio.

Quando se lia sua SJA, dava para sentir um cheiro que vinha dos anos 40. Com Levitz, o odor é de naftalina. Uma pena.

Nem mesmo os desenhistas levantam a história. Pelo contrário: parece que o arco de Levitz esmaece bons artistas. Jerry Ordway desenha esta edição com traços desbotados. Quem acaba se salvando é o brasileiro Luke Ross, nos belíssimos flashbacks.

Se Johns não está em SJA, ao menos é o roteirista da nova série do Lanterna Verde, que tem desenhos espetaculares do brasileiro Ivan Reis.

O conhecimento de Johns a respeito do Universo DC é estarrecedor. Parece não haver nada que não saiba. Mas, ao contrário de outros escritores, ele costuma dividir o que sabe com o público - e geralmente escreve de um jeito que o leitor novo não se sente completamente perdido.

Se em Crise Infinita esse esquema não funcionou, ao menos em Lanterna Verde há pouco espaço para os novatos se sentirem perdidos, apesar de o autor abusar de elementos do Universo DC. Em poucas palavras, ele consegue situar quem é Arísia, assim como explicou sobre o Superciborgue e os Caçadores Cósmicos nas edições anteriores.

Johns, até agora, não é um roteirista de grandes obras-primas. Ele tem o perfil de um operário que gosta de construir um prédio tijolo após tijolo, bem devagar.

Apesar de o Universo DC de hoje ter sido forjado em cima de suas contribuições, não dá para dizer em que arco ele alterou definitivamente a história. Cada quadro é importante - e por isso não se pode ignorar a última página da aventura do Lanterna Verde, com referências diretas à minissérie 52.

Lanterna Verde, por sinal, traz outra colaboração de peso para a revista: a capa, uma ilustração muito bacana de Simone Bianchi.

LJA - Arquivos Confidenciais prossegue nas páginas da revista com o arco de Howard Chaykin, autor conhecido pelas tintas ideológicas de suas histórias.

A trama da invasão ilegal da Liga da Justiça a duas republiquetas latino-americanas tem uma reviravolta nesta edição.

A participação de uma corporação européia na guerra entre Santa Bertriza e Del Canto é um novo elemento na grande metáfora do mundo moderno armada por Chaykin. O escritor joga o leitor diante de um cenário em que o dinheiro privado compra tudo, até mesmo a opinião de um embaixador da ONU.

O capítulo final, a ser publicado na próxima edição, precisa responder a uma questão: qual o papel de um super-herói num mundo assim?

Chaykin terá que se virar para respondê-la.

Classificação:

4,0

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