LIGA DA JUSTIÇA # 61
Título: LIGA DA JUSTIÇA # 61 (Panini
Comics) - Revista mensal
Autores: O rastro do Tornando - Brad Meltzer (texto), Ed Benes (desenhos), Sandra Hope, Mariah Benes (arte-final) e Alex Sinclair (cores);
Os outros entre nós - A.J. Lieberman (texto), Al Barrionuevo (desenhos), Bit (arte-final) e Marta Martinez (cores);
Procurado: Hal Jordan - Geoff Johns (roteiro), Ivan Reis (desenhos), Oclair Albert (arte-final) e Moose Baumann (cores).
Preço: R$ 6,90
Número de páginas: 96
Data de lançamento: Dezembro de 2007
Sinopse: O rastro do Tornando - Há mais por trás do sumiço do corpo do Tornado Vermelho do que aparenta à primeira vista. E, enquanto Superman, Batman e Mulher-Maravilha se empenham em recrutar uma nova Liga da Justiça, parece que o destino está forjando um time na marra.
Os outros entre nós - Para salvar os outros marcianos, J'Onn J'Onzz precisa controlar a ira de seus colegas - e se preparar para uma traição.
Procurado: Hal Jordan - Um anel amarelo tenta recrutar Batman para a Tropa Sinestro. Enquanto isso, Amon Sur, filho de Abin Sur, pressiona Hal Jordan para que entregue o cadáver de seu pai. As duas tramas vão se unir de modo catastrófico.
Positivo/Negativo: Vale a pena prestar atenção nesta edição de Liga da Justiça. A história que se destaca não é a do grupo que dá nome ao título, e sim a do Lanterna Verde.
Nela começam, de forma retumbante, os preparativos para Sinestro Corps War, que será provavelmente o grande evento da DC no Brasil em 2008 - quando a editora completa 70 anos.
Johns alardeia: deixa o Lanterna Verde de lado e faz um anel amarelo recrutar Batman. O motivo da escolha é claríssimo - o Homem-Morcego é um eficiente causador de medo. Quando o herói renega o controle pelo amarelo, depois de míseras três páginas, o leitor já tem as informações de que precisa com clareza: a força de vontade dos Lanternas terá que superar o medo de Sinestro.
A história é forte e envolvente, não só pelo roteiro, mas muito pela arte do brasileiro Ivan Reis, um dos melhores artistas de super-heróis em atuação no mercado norte-americano hoje.
A julgar por seu começo, não é de se espantar que a saga da Tropa de Sinestro tenha sido tão apreciada por público e crítica lá fora.
Outro brasileiro que se destaca na revista é Ed Benes, que adaptou seu estilo para uma saga sombria com resultados impressionantes. Enquanto a história de Meltzer segue obscura, com mistérios a serem explicados, o desenhista vem colaborando para manter em alta a tensão da narrativa.
A revista começa e acaba em alto nível, mas escorrega no miolo. A minissérie do Caçador de Marte é apenas correta, mas não empolga. Isolado do calor humano da Liga da Justiça, em uma versão ainda mais durona, J'Onn J'Onzz é um personagem pouco carismático. E pior: não tem muita saída. Se for mais ameno e sorrir, vira uma versão verde de Superman.
Por sinal, é na história do marciano que estão dois tropeções da Panini que precisam ser destacados. São casos em que o verbo "assistir" é empregado no sentido de "ver" sem a preposição que a boa prática da língua portuguesa exige. Um está na página 37, "Se estiver assistindo isso...". Outro, logo em seguida, na 41: "Assista o noticiário".
Parece picuinha, coisa boba, pequena e simples de resolver. Mas, na prática, não deve ser, afinal, o mesmíssimo erro tem se repetido exaustivamente na maior parte das revistas de linha da editora, mesmo depois de diversos alertas das resenhas do Universo HQ.
Tomara que, em 2008, o índice de erros da Panini volte a patamares mais aceitáveis, como já foi um dia.
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