Confins do Universo 219 - Histórias de Editor # 7: É o Lobo! É o Lobo!
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LIGA DA JUSTIÇA # 64

1 dezembro 2008


Autores: O quarto paralelo - Dan Slott (texto), Dan Jurgens (texto e desenhos), Trevor Scott (arte-final) e I.L.L. (cores);

Os outros entre nós - A.J. Lieberman (texto), Al Barrionuevo (desenhos), Bit (arte-final) e Marta Martinez (cores);

O rastro do Tornado - Brad Meltzer (texto), Ed Benes (desenhos e arte-final), Sandra Hope (arte-final) e Alex Sinclair (cores).

.Preço: R$ 6,90

Número de páginas: 96

Data de lançamento: Março de 2008

Sinopse: O quarto paralelo - Do conflito entre Reis Vermelhos de duas realidades vem a salvação da Liga da Justiça e da Terra.

Os outros entre nós - O Caçador de Marte está muito perto de encontrar sua nova inimiga, uma marciana verde que se esconde na Terra há algum tempo. Enquanto isso, refaz os laços de amizade com a Liga da Justiça.

O rastro do Tornado - Solomon Grundy está prestes a derrotar o Tornado Vermelho. Pelo jeito, nem a Liga da Justiça pode ajudar o andróide, pois seus heróis passam por maus lençóis numa batalha com Amazo.

Positivo/Negativo: Esta é uma edição sui generis no mundo dos quadrinhos de super-heróis. Todos os arcos em andamento na revista se encerram.

O fim mais visado é, naturalmente, o do primeiro arco de Liga da Justiça pelas mãos de Brad Meltzer (Crise de identidade) e do brasileiro Ed Benes (Aves de Rapina). Não é o melhor trabalho da carreira do roteirista, mas ainda assim fica muito acima da média do mercado norte-americano.

A conclusão é cheia de ação e ultraviolenta. Há um braço arrancado, canibalismo e até uma mulher que atravessa o corpo de um homem como se ela mesma fosse uma flecha. A história só não tem um impacto visual mais agressivo porque um dos mutilados é um robô que não sangra. E também por conta de Benes, que escolhe ângulos discretos e, em certa medida (mas nem sempre), disfarça o sangue.

Mesmo com uma carga de violência tão elevada, Meltzer não faz ação só pela ação. Tudo se justifica pela emoção dos personagens, que não passam incólumes pela trama. Foi assim que se viu acontecer em Crise de Identidade - nada ficou igual depois do último número. Nesta edição mesmo, nas páginas 92 e 93, o autor já largou um indício claro de que a brigalhada mexeu nos ânimos da Liga. Apesar do recrutamento dos primeiros números desta nova série, foi nesta briga com Amazo e na busca pelo Tornado Vermelho que a equipe acabou sendo (re)forjada.

Benes, por sua vez, fez desse primeiro arco um de seus melhores trabalhos até aqui. O traço fecha com a trama: à primeira vista, serve muito bem à ação, mas, quando é preciso passar emoção, sua arte expressiva torna-se também delicada e precisa.

Na contramão da Liga, o final da minissérie do Caçador de Marte não é nada empolgante. Depois de sete partes, a trama de conspiração alienígena degringolou de vez. O final tem momentos piegas e deixa pontas soltas para uma continuação - que os deuses dos quadrinhos não permitam isso!

A trama do Rei Vermelho também encerra mal, apesar do bom começo nas edições anteriores. O problema é que Slott complica demais sua engenhosa estrutura de mundos paralelos. No fim, a série compromete justamente o seu melhor ponto: de uma história gostosa de se ler, virou uma massaroca infernal de vaivens dimensionais.

Vale avisar desde já: a próxima edição de Liga da Justiça chegará às bancas com o começo de três arcos partindo do zero. Tende a ser um bom gancho para novos leitores. Tudo bem que um novato sempre corre o risco de deparar com referências a tramas passadas, mas esse é um pato que todo leitor de super-heróis deve estar preparado para pagar.

Classificação:

4,0

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