LIGA DA JUSTIÇA # 65
Autores: Mistério da Safira-Estrela - Geoff Johns (roteiro) e Daniel Acuña (arte e cores);
Lista de Presença - Brad Meltzer (roteiro) e Ed Benes (desenhos);
Kid Amazo - Peter Milligan (roteiro) e Carlos D'anda (desenhos).
Preço: R$ 7,50
Número de páginas: 104
Data de lançamento: Abril de 2008
Sinopse: Mistério da Safira-Estrela - Hal Jordan se depara com o retorno da bela e perigosa Safira-Estrela.
Lista de Presença - Finalmente a nova formação da Liga da Justiça é definida.
Kid Amazo - Amazo tem um filho. Só resta ao garoto aceitar isso.
Positivo/Negativo: Esta edição é uma boa para um leitor que não acompanha a publicação começar a colecioná-la. Isso porque apresenta o início de três novas sagas simultaneamente, algo raro nas revistas mix de super-heróis.
Mesmo assim, há diversas referências a sagas antigas. Nenhum das histórias, ou mesmo arcos, é autocontida, exigindo conhecimento prévio do leitor. Mas isso não é nada com que um fã de super-heróis já não esteja acostumado.
A HQ que abre a revista é a primeira parte do arco de histórias do Lanterna Verde Mistério da Safira-Estrela, publicado originalmente em Green Lantern # 18, em maio de 2007.
Nela, Geoff Johns coloca Hal Jordan frente a frente com a vilã Safira-Estrela. A história não exige conhecimento prévio do leitor, mas se ele souber quem é a Safira-Estrela e Carol Ferris, tudo fica muito mais fácil.
A narrativa acontece em dois momentos. O primeiro com Carol Ferris contando sua história pregressa com Hal Jordan; e o segundo, com o Lanterna Verde encarando a Safira-Estrela.
Ainda é cedo para avaliar o arco, mas ele não dá pinta de que fugirá do esquema tradicional, com o Lanterna enfrentando um inimigo difícil e logrando êxito no final. No fim da HQ, uma chamada promete a origem das Safiras-Estrela para a próxima edição.
A seguir vem Lista de Presença, um epílogo da primeira história de Brad Meltzer à frente da série mensal da Liga da Justiça. Contando com o traço do sempre competente Ed Benes, o roteirista mostra os futuros integrantes da equipe recebendo a convocação para integrá-la. São todos que participaram da luta contra Amazo.
Meltzer relembra que a primeira vez que a Liga se reuniu foi em circunstância semelhante: um grupo de heróis poderosos numa batalha contra um inimigo ainda mais poderoso, que não poderiam derrotar sozinhos.
O autor ainda aproveita para apresentar a dinâmica de como será o modus operandi da Liga a partir de agora. O velho Palácio da Justiça (alguém se lembra dos Superamigos?) foi reativado, mas apenas como uma grande porta para a base fora da Terra. O museu tem todas as armas desativadas e os membros podem treinar com projeções de batalhas anteriores.
Como na edição norte-americana, a brasileira traz uma página especial tripla com todos os membros da equipe perfilados. Essa página, bem como o caderno na qual está incluída, é em papel LWC, diferentemente do resto da edição. No que diz respeito às cores, a diferença é nítida.
As duas últimas HQs da edição são, na verdade, partes 1 e 2 da mesma saga, a Kid Amazo, publicadas originalmente em JLA Classified # 37, de junho de 2007, e JLA Classified # 38 de julho do mesmo ano.
Aproveitando a aparição de Amazo nas histórias de Meltzer, Peter Milligan usa o personagem em JLA Classified. Mas aqui, diferentemente da trama da revista principal da Liga, o andróide é um grande coadjuvante de seu "filho", o Kid Amazo do título.
Repleta de citações filosóficas, sobretudo de Friedrich Nietzsche, a trama mostra o choque que é para um jovem descobrir que é filho de um vilão, que ter poderes e, pior de tudo, que é na verdade um construto.
De maneira pouco profunda, é verdade, Milligan coloca a idéia do Super-Homem de Nietzsche na trama, mas não necessariamente na figura do Superman, e sim na de Kid Amazo.
A história é interessante a princípio, mas acaba descambando para o clichê, sobretudo no caminhada inexorável para a insanidade do jovem filho de Amazo.
Contribui um pouco para a falta de empolgação a arte de Carlos D'anda, mais suja que a dos demais artistas do mix.
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