LIGA DA JUSTIÇA # 71
Autores: Liga da Injustiça - Sem Limites - Dwayne McDuffie (texto), Mike McKone (desenhos), Andy Lanning (arte-final) e Pete Pantazis (cores);
Húbris - J. Torres (texto), Paco Dias (arte) e Peter Pantazis (cores);
Biografias - Allan Heinberg (texto), Gary Frank (desenhos), John Sibal (arte-final) e Dave McCaig (cores);
Os tornados-gêmeos - Mark Waid (texto) e Daniel Acuña (arte e cores).
Preço: R$ 7,50
Número de páginas: 104
Data de lançamento: Outubro de 2008
Sinopse: Liga da Injustiça - Sem Limites - Às vésperas do casamento de Arqueiro Verde e Canário Negro, Lex Luthor, Coringa e Mulher-Leopardo montam uma nova organização de supervilões - a Liga da Injustiça Ilimitada. Em seu primeiro ataque, derrotam o poderosíssimo Nuclear e, assim, deixam a Liga da Justiça em estado de alerta.
Húbris - Mulher-Maravilha e Nêmesis perseguem o Homem Comum.
Biografias - As origens da Mulher-Maravilha.
Os tornados-gêmeos - Os filhos de Flash mostram do que são capazes.
Positivo/Negativo: É uma pena que a atual fase da Mulher-Maravilha esteja tão fraca. Se não fosse pelas histórias da amazona, a revista Liga da Justiça teria um mix admirável do começo ao fim
Mas não adianta: o roteirista J. Torres tem apenas dado prosseguimento à fraquíssima minissérie O ataque das amazonas. Com uma base tão ruim, a história não consegue se tornar atraente - e fica patinando em temas que já nasceram condenados a uma reformulação.
A outra história com a personagem traz dois autores até interessantes: o roteirista Allan Heinberg e o desenhista Gary Frank. Mas, infelizmente, seus talentos se perdem numa trama pouco interessante. Para piorar, as cores desbotadas de Dave McCaig jogam a pá de cal.
Sorte é que a revista não depende apenas de Mulher-Maravilha. E, depois da recente reformulação, Liga da Justiça vem apresentando um mix bastante interessante.
Anos depois de abandonar o título de Flash, Mark Waid está para dar continuidade ao novelão que criou com a vida de Wally West. E é nesse divertido clima de sitcom que o roteirista de O Reino do Amanhã cria Os tornados-gêmeos.
A rigor, o roteiro não traz nada de novo. Mas, na prática, é um ótimo cozido feito a partir de um longo arco de histórias que marcou os anos de 1990 - e, desta vez, com a arte fabulosa de Acuña.
Por fim, o grande destaque da edição é Liga da Injustiça - Sem Limites. A história, originalmente publicada num especial ligado ao casamento de Arqueiro Verde e Canário Negro, marca a pré-estréia de Dwayne McDuffie nos roteiros da Liga.
Não é pouca coisa: McDuffie foi um dos nomes-chave do desenho animado da Liga da Justiça produzidos no começo desta década - e responsável, portanto, por uma das melhores coisas já criadas em qualquer tempo a partir do grupo de heróis da DC.
O roteiro de estréia é matador. McDuffie mistura elementos do antigo desenho Superamigos com rusgas recentes entre heróis e vilões. Ao mexer na mitologia dos personagens, cria um verdadeiro duelo de titãs - e deixa a Liga da Justiça em uma situação dificílima, o que fica claro quando os membros do grupo começam a ser abatidos com facilidade.
Com tramas assim, os próximos meses de Liga da Justiça correm o saudável risco de ser dos mais interessantes dos últimos tempos. Na maré de aventuras fracas que tomou conta dos títulos da DC, o título pode se revelar um porto seguro para leitores em busca de boas histórias.
Classificação: