LIGA DA JUSTIÇA # 76
Autores: Asilo (Justice League of America # 17) - Alan Burnett (texto), Ed Benes (desenhos e arte-final), Sandra Hope, Mariah Benes (arte-final) e Rod Reis (cores);
Enquanto isso, na cozinha (Justice League of America # 17) - Dwayne McDuffie (texto), Jon Boy Meyers (desenhos), Serge LaPointe (arte-final) e Pete Pantazis (cores);
O círculo (Wonder Woman # 17) - Gail Simone (texto), Ron Randall (arte), Terry Dodson (desenhos), Rachel Dodson (arte-final), Alex Sinclair (cores);
Os tornados-gêmeos (The Flash # 236) - Mark Waid (texto), Freddie E. Williams II (arte), Tanya Horie e Richard Horie (cores);
Vida acelerada (The Flash # 236) - Mark Waid, John Rogers (texto), Doug Braithwaite (arte) e Alex Sinclair (cores);
Reino do Amanhã (Justice Society of America # 13) - Geoff Johns (texto), Alex Ross (texto e arte pintada), Fernando Pasarin (desenhos), Richard Friend (arte-final) e Alex Sinclair (cores).
Preço: R$ 7,50
Número de páginas: 96
Data de lançamento: Março de 2009
Sinopse: Asilo - Supervilões descobrem que o governo vem capturando seus pares para enviá-los a um planeta-prisão - e pedem ajuda à Liga da Justiça.
Enquanto isso, na cozinha - Na sala de treinamento da Liga da Justiça, Arqueiro Vermelho e Víxen investigam os novos poderes da heroína.
O círculo - Mulher-Maravilha encerra seu combate às amazonas.
Os tornados-gêmeos - Flash acha a origem da investigação alienígena.
Vida acelerada - O ano perdido de Flash e sua família.
Reino do Amanhã - Diante da ameaça de Gog e Magog, Superman e a Sociedade da Justiça se unem.
Positivo/Negativo: Apesar de ser uma das revistas mais bem cotadas da linha DC da Panini e de, supostamente, ter ganhado reforço na mais recente reforma editorial da casa, Liga da Justiça não anda lá muito bem das pernas.
O problema, como sempre, são as histórias. O mínimo que dá pra dizer é que elas são irregulares.
Exemplo disso é o próprio carro-chefe. Liga da Justiça acaba de passar por uma fase leve e divertida nas mãos do roteirista Dwayne McDuffie. Mas o que era bom acabou, e o arco Asilo, de Alan Burnett, traz uma trama sobre uma prisão governamental ilegal para supervilões.
Se a ideia parece familiar, deve ser porque se trata de ficção chupada de um subplot de Guerra Civil, arrasa-quarteirão da concorrente Marvel em 2008 (no Brasil).
Verdade seja dita: na sequência do mesmo subplot, a Marvel se inspirou no Esquadrão Suicida da DC para reformular seus Thunderbolts. De qualquer maneira, é um argumento usado recentemente. E ladrão que rouba de ladrão... acaba roubando mesmo os trocados dos leitores!
Não bastasse a carência de originalidade, a Liga vai se entranhando cada vez mais nas interligações com a trama da medonha Contagem regressiva. Não é preciso ser visionário para perceber que esse caminho não vai dar em nada.
Pior: a história secundária de McDuffie padece do mesmo mal. É de matar.
A HQ de Gail Simone em Mulher-Maravilha segue os dois preceitos básicos do trabalho recente da autora: é confusa e desinteressante.
Por ser confusa, demanda um esforço do leitor para ler e entender. Por ser desinteressante, o sujeito tem que tirar forças das ventas para querer entender.
(Cá entre nós, este resenhista teve que ler pra escrever aqui e, acredite, não compensa.)
O ideal, nesse caso, é olhar as "figurinhas". Ao contrário do roteiro, a arte dos Dodson é cristalina.
O mal de Flash é outro: o desfecho de um arco profundamente mal construído. E olha que o autor é Mark Waid, bastante tarimbado.
No final, do nada, sem pista alguma, Waid cruza as duas tramas que vinha levando simultaneamente. Esclarece tudo - mas sem preparo algum, como se "surpresa" e "desfecho" fossem a mesma coisa.
O que resta, no fim, é o aguardadíssimo arco Reino do Amanhã, em que a cronologia corrente da DC encontra a minissérie futurista de Waid. Conceitualmente, empolga. Mas, na prática, se saiu uma HQ arrastada - que a essas alturas carregou toda a empolgação pras cucuias.
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