LIGA DA JUSTIÇA: A GUERRA DO DEMÔNIO
Título: LIGA DA JUSTIÇA: A GUERRA DO DEMÔNIO (Mythos Editora) - Minissérie em duas edições
Autores: Alan Grant (roteiro) e Michael Kaluta, Andrew Robinson, Herman Mejia, Carl Crichtow, Alex Horley, Lian McCormick Sharpe, Glenn Fabry, Doug Alexander Gregory, Jon Foster, Martin T. Williams, Alex Horney, Saverio Tenuta, Rafael Garres, Jim Murray, John Watson, Gregg Staples e Simon Davis (desenhos).
Preço: R$ 4,50 cada.
Número de Páginas: 48 cada.
Data de lançamento: Dezembro de 2003 e janeiro de 2004, respectivamente.
Sinopse: O Demônio está vivo. E cabe ao jovem Robin, do vilarejo de Santuário, cruzar o Mundo para derrotá-lo. No caminho, ele encontrará com outros heróis, formando a Liga da Justiça.
Positivo/Negativo: A similaridade do enredo de A Guerra do Demônio com O Senhor dos Anéis, saga de J. R. R. Tolkien, não é casual. Trata-se de mais uma das releituras de grandes obras da ficção, com a inclusão de personagens do panteão da DC Comics, que o selo Elseworld (Túnel do Tempo, na Mythos) proporcionou. A maioria delas, por sinal, bastante infeliz.
A Guerra do Demônio está entre as adaptações que não deram certo. O enredo é fraco e pouco envolvente. Os personagens tiveram suas características muito alteradas por Grant - a começar pelo protagonista, Robin, que virou uma espécie de duende com orelhas pontudas, cujo mestre é o Charada. Não seria um pecado tão grave se o resultado fosse mais gostoso de ler.
Se o roteiro não funciona, o impacto visual da arte pintada poderia ser a salvação da série. Infelizmente, não é por aí. O papel Pisa Brite, recebido bem pelos leitores, não funciona bem para os detalhes da pintura, ainda mais quando reduzidos ao formato menor adotado pela Mythos.
A primeira edição tem como material extra um mapa do Mundo, onde se passa a história. Mas a segunda chega a ser um fiasco. Algumas páginas duplas foram verticalizadas para caber em uma só. Para encerrar, a página final foi publicada na terceira capa.
Com o filme baseado em Tolkien tão em voga, a Mythos poderia ter caprichado um pouquinho mais. Edições assim, mais do que aproximar, podem afastar eventuais novos leitores.
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