Autores: David S. Goyer e Geoff Johns (roteiro), Carlos Pacheco (desenhos), Jesús Meriño (arte-final) e Guy Major (cor).

Preço: R$ 6,00

Número de Páginas: 96

Data de lançamento: Agosto de 2003

Sinopse: As duas maiores superequipes do Universo DC - Liga e Sociedade da Justiça - resolvem começar uma nova tradição de confraternizações anuais.

No entanto, enquanto acontece o encontro, um repentino ataque à Tanzânia coloca as duas equipes juntas no campo de batalha. Mas não por muito tempo.

Uma força misteriosa começa a agir sobre os heróis, influenciando subitamente seus comportamentos; e o que era pra ser uma confraternização vira um campo de batalha! Apenas a descoberta de alguma conspiração maquiavélica pode explicar por que os heróis estão se atacando!

Positivo/Negativo: Você gosta de histórias em que super-heróis s encontram e acabam trocando bordoadas entre si? Então, não perca esta edição. Lançado em novembro de 2002 pela DC Comics, esse crossover, na verdade, é bem superior à maioria das aventuras desse estilo.

A maneira como o confronto entre a LJA e SJA ocorre remete às HQs de décadas atrás: vilões dominam a mente de alguns super-heróis e implantam a desordem. Começa, então, a pancadaria.

Apesar de o argumento soar quase pueril, os roteiristas souberam conduzir a trama, especialmente por lidar bem com tantos personagens, algo raro. Assim, conferiram à aventura um "sabor de antigamente", com diversos super-heróis atuando juntos, em seqüências de luta incríveis.

E quando se descobre quem está por trás do ardil, acontece o inevitável: as duas equipes se unem para combater os inimigos. Óbvio? Claro, mas extremamente divertido. E, para quem curte super-heróis, a página dupla 84-85, em que a Liga e a Sociedade da Justiça partem pra cima de Despero e Johnny Pranto, é de arrepiar!

Pena que na página 68, os autores deram uma tremenda forçada de barra, quando o Arqueiro Verde, um personagem sempre contestador, dá uma demonstração de patriotismo aos Estados Unidos pra lá de exagerada.

O que contribui - e muito - para o êxito desta edição são os estupendos desenhos de Carlos Pacheco. Ele dá um show de narrativa, conduzindo a história de acordo com o que o roteiro "pedia", em ritmo alucinante nas cenas de batalhas; e mais cadenciado quando se faziam necessárias explicações.

Um detalhe interessante: no terceiro quadro da página 27, quando a porrada está rolando solta dentro da sede da SJA, Pacheco presta uma homenagem a dois personagens que não são da DC: entre a parafernália que vai sendo destruída, aparecem duas estátuas cujos rostos lembram muito os do Besouro Verde e do seu ajudante Kato (sem a máscara), imortalizado na televisão por Bruce Lee.

A história é perfeitamente compreensível, mas é importante mencionar que há um prólogo desta aventura, que foi publicado na revista mensal Liga da Justiça # 8, também da Panini. Vale a pena conferir.

Com LJA versus SJA - Vícios e Virtudes, a Panini inaugurou os novos formatos de suas edições, com a mesma ótima qualidade gráfica e preços mais baratos. Sem dúvida, começou muito bem!