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LOBO SOLITÁRIO #18

1 dezembro 2006


Título: LOBO SOLITÁRIO #18 (Panini
Comics
) - Revista mensal
Autores: Kazuo Koike (texto) e Goseki Kojima (arte).

Preço: R$ 12,90

Número de páginas: 336

Data de lançamento: Junho de 2006

Sinopse: Barrando Fumaça - O xogum finalmente se posiciona contra o Lobo Solitário. E manda seus homens caçá-lo.

Os Imortais - Os homens do Xogum caçam o Lobo Solitário em pleno mar.

Dinheiro Perdido - Num han ameaçado pela falta de água, um daikan tenta convencer o Lobo Solitário a doar o dinheiro arrecadado com os assassinatos que comete para a construção de um canal.

O Chamado da Vida - Sozinho mais uma vez, Daigoro ouve uma história contada por uma velhinha. E sai em busca do pai.

O Preço de um Crepúsculo - Retsudô convoca um grupo de velhos espiões aposentados para enfrentar Itto Ogami.

Positivo/Negativo: Primeiro foram os Yagyu e seus enviados. Depois, graças a uma farta recompensa, toda a população do Japão. Agora, com a tomada de posição do Xogum, é a vez de o governo começar a caçar o Lobo Solitário. Itto Ogami e Daigoro estão definitivamente sozinhos no meifumadô, enfrentando o país inteiro.

De uma trama familiar, a saga de Lobo Solitário evoluiu para uma história de derradeira resistência em nome da honra.

Das cinco histórias deste volume, destaca-se Os Imortais. Nela, os Kurumon-Gatame Kemurirome-Shu, homens do Xogum, enfrentam Itto Ogami em pleno mar, usando escadas como armas.

A trama tem pouquíssimos balões e quase nada de texto. Mas a narrativa de Kojima é magnífica. Apesar de seus desenhos ficarem vez ou outra abaixo do nível do mangá, o artista tem um domínio impressionante de seu traço e de como fazê-lo funcionar em prol da história.

Como a maioria das histórias solo de Daigoro, O Chamado da Vida é poética e reflexiva, partindo de um pequeno conto da tradição japonesa. É nessas horas que Koike dá um show de roteiro, mostrando que consegue alternar disputas políticas e grandes batalhas com momentos singelos e simples.

No final do volume, na história que batiza este tomo, começa-se a perceber o desespero de Retsudô, que, proclamando-se sozinho, precisa convocar cinco espiões aposentados para enfrentar seu inimigo.

O quinteto, claro, não tem sucesso. Mas o motivo - e a forma como os narradores mostram - é surpreendente e encantador. É por momentos assim que, em cada volume de Lobo Solitário, o leitor tem a certeza de que está diante de um grande clássico dos quadrinhos de aventura.

 

Classificação:

4,0

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