Título: LOBO SOLITÁRIO #2 (Panini
Comics) - Série mensal

Autores: Kazuo Koike (roteiro) e Goseki Kojima (arte).

Preço: R$ 12,90

Número de páginas: 304

Data de lançamento: Fevereiro de 2005

Sinopse: Este segundo volume traz cinco histórias do Lobo Solitário,
um samurai perdido que busca vingar, com o filho a tiracolo, sua esposa
morta.

Positivo/Negativo: Lobo Solitário é um clássico dos mangás.
Sua publicação integral pela Panini, conforme planejado, permite
ao leitor finalmente começar a perceber as sutilezas da série mês a mês.

Por exemplo: o artista Goseki Kojima gosta muito de usar entre seus quadrinhos
uma espécie de zoom, em que uma seqüência de requadros mostra uma
aproximação (ou um afastamento) de uma cena praticamente congelada.

No Ocidente, a passagem entre um requadro e outro costuma representar
uma mera passagem de tempo, mas em Lobo Solitário isso não é regra.
A sensação que se tem é de intensidade, dando relevância dramática ao
momento.

Essa técnica, que geralmente também resulta em artes belíssimas, está,
por exemplo, nas páginas 36-37, 64, 66-67, 122 e 124-125 deste volume.

Outro detalhe que já é bem perceptível é a composição das páginas em que
Itto Ogami enfrenta seus inimigos - e o plural aqui é adequado, pois o
ronin é habitualmente encarado por adversários em bandos. Raramente há
só um. Esses momentos da narrativa são tão bonitos e grandiosos, que parece
que a página fica maior do que realmente é.

E essa magnitude não vem só da arte, como era de se esperar, mas também
da narrativa. A estrutura das histórias costuma prever um número bastante
razoável de reviravoltas, ainda mais considerando-se que as aventuras
são relativamente curtas. Isso porque o samurai assassino é, antes de
tudo, autor de grandes artimanhas.

Em Gato Vermelho, a primeira deste volume, Itto Ogami vai preso,
mas sua intenção na cadeia acaba se revelando mais adiante: ele pretende
assassinar um condenado. Para isso, ainda precisa promover uma matança
atrás das grades.

Há mais duas coisas a se destacar neste volume: o glossário ao final,
bastante importante para a compreensão de termos japoneses, e uma seqüência
linda que mostra a meditação de Itto Ogami, entre as páginas 188 e 192.

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