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LOBO SOLITÁRIO # 3

1 dezembro 2005

Título: LOBO SOLITÁRIO # 3 (Panini
Comics
) - Revista mensal
Autores: Kazuo Koike (roteiro) e Goseki Kojima (desenhos).

Preço: R$ 12,90

Número de páginas: 320

Data de lançamento: Março de 2005

Sinopse: No terceiro volume do mangá, mais cinco histórias do Lobo Solitário, um samurai perdido que busca vingança com o filho a tiracolo.

Destaque para Nisenbyakudô - A Estrada Branca entre Dois Rios, que apresenta a trágica morte da esposa do personagem-título - e, portanto, o mote de sua jornada.

Positivo/Negativo: Logo de cara, na primeira história, os autores matam um trio de bandidos bastante intrigante: os irmãos Bentenrai. Pela primeira vez até aqui, aparecem algozes que poderiam se tornar bastante emblemáticos para o Lobo Solitário.

Mas nem adianta concebê-los como arquivilões, e isso faz o leitor pensar: que diabos Koike está armando a ponto de se dar ao luxo de dispensar inimigos desse quilate?

A resposta vem na terceira história. Nisenbyakudô - A Estrada Branca entre Dois Rios apresenta pela primeira vez a história da mulher de Itto Ogami, justamente para mostrar seu dramático assassinato. É o ponto de partida da jornada do Lobo Solitário. E provavelmente a HQ mais importante do personagem até aqui.

Antes de partir com o filho a tiracolo pelo Japão, Ogami era um kaishakunin, ou seja, um assassino de credores de impostos contratado pelo governo. Seu papel era auxiliar os devedores de tributos a cometerem seppuku (suicídio). Mas o Lobo Solitário foi vítima de uma armação da família Yagyu e acabou deposto do cargo. Sua mulher, que estava grávida, foi assassinada. Restou a ele o filho Daigoro.

Mais do que ponto fundamental da saga, essa história representa exemplarmente a opção de narração dos autores. Mesmo retornando ao passado - peripécia que hoje se chama de prequel -, não há recordatórios. As explicações a respeito da saga dependem unicamente da eficiência do roteiro e da arte. Nessas horas, percebe-se que Frank Miller leu mesmo Lobo Solitário. E que o intragável Chris Claremont está devendo a lição de casa a seus leitores.

Outra aventura memorável do terceiro volume é a segunda, em que o protagonista encontra o também ronin Sakon Shino. Mas, diferentemente do Lobo Solitário, ele abriu mão de riquezas e aventuras, optou pela mendicância e usa suas habilidades para espetáculos quase circenses. O caminho do companheiro põe em xeque a trajetória de vingança de Itto Ogami, que o confronta numa linda batalha que ocupa da página 94 até a 121 do mangá.

Destaca-se nesta edição, além do habitual glossário e da capa de Miller e Lynn Varley, a introdução da editora Elza Keiko, que explica a relação do Lobo com a história japonesa. Também há dois artigos: um, de Pedro "Hunter" Bouça, revela obras influenciadas pelo mangá. Outro, de Marcello Ghilardi, fala sobre o bushido, o código dos samurais.

Com 320 páginas (um caderno além do usual até agora), esta edição da Panini está bastante impactante.

 

Classificação:

4,0

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