LOBO SOLITÁRIO # 4
Título: LOBO SOLITÁRIO #4 (Panini
Comics) - Revista mensal
Autores: Kazuo Koike (roteiro) e Goseki Kojima (desenhos).
Preço: R$ 12,90
Número de Páginas: 312
Data de lançamento: Abril de 2005
Sinopse: Quatro novas histórias do Lobo Solitário são apresentadas ao leitor.
Positivo/Negativo: É bom esclarecer de uma vez: Lobo Solitário não tem uma arte belíssima o tempo todo. Por vezes, os personagens não têm um acabamento perfeito, ou então falhas de anatomia ficam evidentes - vide o pequeno cabeçudo Daigoro, quase sempre uma criança disforme. Noutras, as paisagens são um punhado de rabiscos. Ainda assim, este é um grande mangá.
Se dependesse unicamente do acabamento de sua arte, o título estaria defasado. Obras como Vagabond, com suas mesclas precisas de bico de pena e pincel, são um primor.
Mas em quadrinhos, bastam alguns rabiscos para se contar uma história. O que está nos requadros importa, mas o que está entre eles é mais relevante. E é essa a grande habilidade de Goseki Kojima: ele é dono de uma noção impressionante do que deve haver em cada requadro para que o desenho cumpra sua função.
O artista tem ritmo e composição, e as duas últimas histórias deste volume são pródigas em demonstrar essas habilidades. Seu traço, muitas vezes, é apenas competente. Mas é sempre eficiente em conduzir o leitor.
Dois exemplos: Daigoro no incêndio, entre as páginas 158 e 177, e a seqüência inicial de Gômune Oyuki (páginas 192 a 195).
Diante dos dois capítulos finais do volume, as histórias iniciais perdem força. Na primeira, um pai põe a prova seus três filhos ao convocar o Lobo Solitário para enfrentá-los. Na segunda, dois irmãos contratam o ronin para uma vingança. Não chegam a ser ruins, são apenas boas, como é o padrão da série.
Ao final do volume, uma chamada cria expectativa para o quinto tomo: é nele que o Lobo Solitário enfrentará, pela primeira vez, a família Yagyu, responsável pela morte de sua esposa.
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