Autores: Brian Wood (roteiro) e Ryan Kelly (desenhos).

Preço: R$ 36,50

Número de páginas: 208

Data de lançamento: Agosto de 2009

Sinopse: Segunda parte da saga de Megan McKeenan, que a cada capítulo está numa cidade diferente dos Estados Unidos.

Desta vez, a trama é focada mais profundamente em Megan e nas pessoas ao seu redor.

Positivo/Negativo: Local - Fim da Jornada compila as seis
últimas histórias da saga em 12 partes criada por Brian Wood (roteiro)
e Ryan Kelly (desenhos) - as primeiras foram contadas em Local
- Ponto de Partida.
Mas mesmo sendo parte de uma narrativa maior, é possível ler apenas o segundo álbum e se inteirar da história, já que as tramas são autocontidas.

A cada capítulo de Local, o leitor é convidado a adentrar na vida de Megan McKeenan, a protagonista que a cada ano está em um lugar diferente dos Estados Unidos.

Megan é uma protagonista complexa, que faz essa longa viagem para se encontrar e para escapar de sua vida pregressa, que nunca foi nenhum martírio, apesar de nunca primar pela qualidade.

Se em Local - Ponto de Partida, as viagens da protagonista serviam para mostrar os cidadãos comuns das cidades pelas quais ela passava, neste segundo álbum acontece o oposto: as histórias das pessoas ao redor dela servem para o leitor entender quem é Megan McKeenan.

O primeiro capítulo do livro, o sétimo da saga de Local, é sobre um primo problema da personagem principal. Brian Wood e Ryan Kelly constroem a narrativa da vida do adolescente com requadros com textos de cartas que Megan manda para ele de suas viagens.

Os conselhos que ela dá e os anseios que divide criam o tom apresentado na arte. O resultado é excelente e faz com que esta seja a melhor história do volume.

Nas tramas subsequentes, os autores exploram os familiares de Megan, como sua mãe, seu pai e seu irmão. Tudo isso prepara terreno para o comportamento da personagem no último capítulo, no qual ela precisa exorcizar seus fantasmas para finalmente tentar se fixar em algum lugar.

Dessa maneira, os entrosados Wood e Kelly criam uma obra bem construída, com histórias marcantes e personagens interessantes. Além disso, é acessível por abordar pessoas comuns, que poderiam fazer parte da vida de qualquer um.

Destaque especial para a arte em preto e branco de Kelly. Tal qual um autor de mangás, sua evolução é sentida ao longo das histórias. Os últimos capítulos ganham detalhismo e os personagens, expressividade. No princípio, era até difícil reconhecer Megan em meio às cenas. No fim, seu rosto é mais marcante.

A edição da Devir chama a atenção por estar repleta de extras, como ensaios dos autores, rascunhos e capas originais. Tudo à altura do que uma obra do calibre de Local merece.

 

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