Título: LOKI - EDIÇÃO ESPECIAL ENCADERNADA (Panini
Comics) - Edição especial

Autores: Robert Rodi (roteiro) e Esad Ribic (arte).

Preço: R$ 19,90

Número de páginas: 96

Data de lançamento: Setembro de 2007

Sinopse: Loki Laufeyson, o Deus da Trapaça, tomou o poder em Asgard e todos os míticos seres nórdicos respondem às suas ordens. Thor, Odin, Sif e Balder estão aprisionados

E, nas masmorras, o Deus do Trovão aguarda em silêncio enquanto Loki planeja como executará seu irmão.

Positivo/Negativo: De cara, o que chama atenção nesta história é o fato do escritor Robert Rodi não ter se preocupado em mostrar como Loki tomou o poder em Asgard. Ele simplesmente é o maioral do lugar agora; o restante fica por conta da imaginação de cada leitor.

Mas este não é o único ponto forte desta edição. Rodi construiu uma trama capaz de prender a atenção do leitor e trabalhou com rara habilidade o personagem Loki. As variações de humor, a insegurança, a maldade, tudo está ricamente misturado na alma imortal do Deus da Trapaça.

E os pequenos flashbacks espalhados pela trama vão enaltecendo este ou aquele sentimento de Loki em relação a Thor, Odin, Sif, Balder etc., amarrando bem a história.

Outro elogio que Rodi faz por merecer é pela forma inteligente como trabalha, nas falas de Balder, as várias "encarnações" da lenda de Thor, Loki e Odin, cada um com sua respectiva grafia, dependendo da cultura - uma delas é mostrada por Neil Gaiman em Sandman - Estação das Brumas.

Na arte, o croata Esad Ribic dá um show. Os desenhos são belíssimos (vale uma atenção especial para os dentes podres de Loki e as expressões de Thor nas sombras), a diagramação e a narrativa são competentes e as cores, na medida certa para cada situação.

Alguns leitores estranharam o luxo com que a Panini lançou o álbum - com direito a capa dura e formato maior que o americano. Mas a editora foi comercialmente precisa. Loki é um dos diversos materiais que ela tem destinado às livrarias e a arte soberba de Ribic é um excelente chamariz para atrair leitores ocasionais ou aqueles que deixaram de ler quadrinhos há algum tempo.

Quanto à edição, o trabalho da Panini só não foi impecável porque na página 47 o texto "vazou" de um balão. Estão reproduzidas as capas no miolo e há um interessante texto do editor Fernando Lopes (que já havia saído na minissérie em duas partes, em 2005).

Loki é um álbum digno de ser conferido não só por tudo que já foi relatado, mas também pelo final da história, que confirma: certas coisas nem os deuses podem mudar.