LOVE JUNKIES # 1
Título: LOVE JUNKIES # 1 (Editora JBC) - Revista mensal
Autores: Kyo Hatsuki (roteiro e arte)
Preço: R$ 5,50
Número de páginas: 112
Data de lançamento: Novembro de 2003
Sinopse: A história narra as aventuras (e algumas desventuras) sexuais de Eitarô Sakakibara, um tímido e desajeitado analista de contas de uma agência de publicidade.
Positivo/Negativo: A JBC anunciou este mangá como sendo um tipo de comédia erótica, ou erotic comedy (de qualquer forma, é um ponto positivo para a editora, ajuda a diversificar o mercado). No entanto, o trabalho parece algo mais próximo de um hentai soft, o que explicaria seus defeitos e virtudes.
Hentai são as revistas quase clandestinas de mangás eróticos no Japão. A estética visual de Love Junkies é bastante próxima disso. O leitor encontra mulheres com pernas e peitões gigantescos e aqueles poses eróticas bem submissas.
Certas perversões também aparecem - há duas fantasias típicas do japonês somente na primeira edição: uma colegial e uma moça vestida de empregada doméstica. A arte do mangá pode até ser boa, mas está longe de ser genial. Kyo Hatsuki, definitivamente, não é Mazakazu Katsuura, Makoto Kobayashi, Hiroyuki Utatane ou U-Jin.
A história? Bem, o papo de um típico patetão rodeado por mulheres estonteantes de uma hora para outra é algo longe de ser original. Na verdade, talvez seja um dos clichês mais recorrentes dos mangás. Só de obras publicadas no Brasil temos Love Hina e Vídeo Girl Ai.
De títulos ainda inéditos aqui teríamos uma lista ainda maior, com coisas como Oh My Goddess! e Hand Maid May, entre outras. Certo, em Love Junkies há a diferença do protagonista realmente conseguir chegar às "vias de fato", mas não deixa de ser o típico bobão (as garotas precisam se insinuar bastante para se aproximar de Eitarô).
Se isso pode parecer interessante para quem não conhece muito esse tipo de história, pode ser extremamente irritante para outros. E a história lembra um pouco certos filmes de adolescentes americanos (como Porky's), daqueles que entulham as tardes do SBT.
E apesar de ser escrito e desenhado por uma mulher, Love Junkies não trabalha muito com emoções e romances, ao menos, neste primeiro número. Os relacionamentos são rápidos, esporádicos e com fantasias tipicamente masculinas.
A edição está bem produzida, sem erros berrantes de texto ou impressão.
Se você é daqueles que adora hentai, enche seu HD com imagens deste tipo e destrincha todo tipo de jogo pornográfico japonês que encontra na internet, tem grandes chances de gostar do mangá.
Se não é, pode até odiar, em especial se for do sexo feminino (que leitora se interessaria por uma Eitarô?).
E talvez os mais afoitos (e menos acostumados com hentai) se decepcionem com o fato de, apesar de vir em um saco plástico e com um (discreto) aviso de ser proibido para menores de 18 anos, ele segue uma moral meio japonesa. Ou seja: não ha cenas de sexo explícito, nem mesmo de pelos pubianos (o que é normal, já que há uma lei nipônica que eles apareçam em revistas, mesmo nas pornográficas).
Há, inclusive, uma cena de sexo oral em que o pênis do rapaz aparece coberto por uma tarja preta (possivelmente, também esteja na edição original), apesar de um vibrador no mesmo formato aparecer descoberto.
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