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LOVELESS – TERRA SEM LEI – MAIS DENSO QUE SANGUE

1 dezembro 2010

LOVELESS - TERRA SEM LEI - MAIS DENSO QUE SANGUE

Editora: Panini Comics - Edição especial

Autores Um pedaço de ferro - Brian Azzarello (roteiro), Daniel Zezelj (arte) e Patrícia Mulvihill (cores);

Um fio de sangue - Brian Azzarello (roteiro), Daniel Zezelj (arte) e Patrícia Mulvihill (cores);

Avisado - Brian Azzarello (roteiro), Daniel Zezelj (arte) e Patrícia Mulvihill (cores);

Mais turvo que Blackwater - Brian Azzarello (roteiro), Marcelo Frusin (arte nas partes 1 e 2) e Werther Dell'Edera (arte nas partes 3 e 4) e Patrícia Mulvihill e Martin Breccia (cores) - Materiais originalmente publicados em Loveless - Volume 2 - Thicker than Blackwater.

Preço: R$ 23,90

Número de páginas: 168

Data de lançamento: Novembro de 2010

 

Sinopse

Um pedaço de ferro - Conheça um pouco mais sobre Atticus Mann, e como ele conseguiu deixar de ser um escavo.

Um fio de sangue - Ruth, escondida na floresta, é perseguida por sua memória. E suas lembranças nem sempre são boas.

Avisado - Wes bebe uísque e reencontra seu passado em flashbacks.

Mais turvo que Blackwater - Wes, o xerife de Blackwater, vai ter que lutar contra o bando de Boyd e tentar impor a lei (e a si mesmo) à população da pequena cidade.

Positivo/Negativo

Loveless é um revista crua e violenta. Escrita pelo "especialista" no tema Brian Azzarello, a série é um encontro entre um western como o filmeOs imperdoáveis e o tom da linha Vertigo.

E isso gera um produto muito bom, mas desaconselhado para leitores mais impressionáveis.

É um exercício interessante comparar Loveless com Jonah Hex, Tex e Escalpo, publicado mensalmente na revista Vertigo.

Jonah Hex se volta mais para o sobrenatural, Tex para as histórias de "mocinho e bandido", Escalpo "atualiza" o embate entre brancos e índios para o Século 20. E Loveless tem uma pegada mais realista. Especialmente no lado mais violento de uma terra sem lei.

Azzarello usa as três primeiras histórias para contar um pouco do passado dos três personagens principais da série. A arte de Daniel Zezelj é muito bonita e funde bem os momentos de recordação ao tempo presente, e sem confundir o leitor com isso. O competente trabalho de cores de Patricia Mulvihill garante essa diferenciação.

No arco principal do encadernado (na versão norte-americana ele até nomeia a edição), Azzarello usa os três personagens que o leitor conheceu mais intimamente graças às histórias iniciais.

Daí pra frente, a quantidade de surpresas e ações absurdas (como Wes desfilando com seu "membro" à mostra pela cidade) só são superadas pelo gancho final, que deixa o leitor ávido pelo próximo volume.

Loveless é uma série relativamente curta, que deve ser encerrada em mais dois ou três encadernados pela Panini.

Recomendada para quem já acompanha tramas de western e também para aqueles que querem conhecer um outro tipo de história com caubóis.

Classificação:

4,0

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