LOVELESS – TERRA SEM LEI – O CAMINHO DA VINGANÇA
Editora: Panini Comics - Edição especial
Outro dia (Loveless # 13) - Brian Azzarello (roteiro), Danijel Zezelj (arte) e Lee Loughridge e Patricia Mulvihill (cores);
Sementes da manhã (Loveless # 14) - Brian Azzarello (roteiro), Danijel Zezelj (arte) e Lee Loughridge e Patricia Mulvihill (cores);
Preto e azul (Loveless # 15) - Brian Azzarello (roteiro), Danijel Zezelj (arte) e Lee Loughridge e Patricia Mulvihill (cores);
A queda de Blackwater - 1º ano (Loveless # 16-18) - Brian Azzarello (roteiro), Werther Dell' Edera (arte) e Lee Loughridge e Patricia Mulvihill (cores).
Preço: R$ 16,90
Número de páginas: 144
Data de lançamento: Fevereiro de 2011
Sinopse
Outro dia - Conheça um pouco mais sobre o Coronel Redd.
Sementes da manhã - Ruth às voltas com suas memórias e seu desejo de vingança contra toda Blackwater.
Preto e azul - Conflito entre Atticus Mann e o exército de Blackwater.
A queda de Blackwater - 1º ano - Wes não morreu e impõe regras rígidas a Blackwater.
Positivo/Negativo
Começa o ciclo final da ótima série de western Loveless.
A Panini optou por dividir a obra em dois volumes aqui no Brasil, diferente do que aconteceu nos Estados Unidos. A justificativa é boa: baixar o custo para o leitor.
A promessa é que o volume final da saga saia ainda em 2011.
Loveless ficou conhecida por ser uma série que leva para o velho Oeste americano uma alta dose de violência, típica de histórias urbanas, que, aliás, são a marca do escritor Brian Azzarello.
A ultraviolência está, sim, em grande medida espalhada pelas páginas de Loveless: estupros, mutilações, assassinatos, tortura, espancamento e diversas outras especiarias da maldade humana.
O leitor atento, no entanto, perceberá lampejos de delicadeza nas tramas. A mesma narrativa que tem uma perna putrefata sendo serrada na terceira página, tem a levada de uma doce memória infantil.
Esse encontro de extremos dá uma força incrível aos personagens, humanizando-os. Ao final da história, pende-se mais para um lado, mas a coexistência de ambos faz com que se valorizem.
Esse recurso é mais usado por Azzarello nas três primeiras histórias, que se concentram cada uma em um personagem, com vários momentos de flashback e alucinação.
As visões estão presentes por toda a série.
É com o uso desses delírios que Azzarello explica motivações e cria uma densa aura de ódio e vingança por toda Blackwater.
A competentíssima equipe de arte usa cores e traços diferentes para que o leitor não se confunda com presente e passado na narrativa.
As mesclas de presente e passado, alucinação e realidade, candura e crueldade fazem de Loveless uma série de western muito particular e forte. É isso tudo que torna a HQ uma das mais interessantes publicadas pela Panini.
Classificação: