LULUZINHA VAI ÀS COMPRAS
Título: LULUZINHA VAI ÀS COMPRAS (Devir
Livraria) - Edição especial
Autores: John Stanley (roteiro) e Irving Tripp (desenhos).
Preço: R$ 21,00
Número de páginas: 112
Data de lançamento: Julho de 2006
Sinopse: Uma revista em quadrinhos com crianças como personagens principais, que não tem nenhum superpoder e não vivem em outra dimensão. Mesmo assim essas histórias já conquistaram várias gerações de leitores com essa aparente "normalidade".
Luluzinha vai às compras conta as aventuras de Lulu e seus amigos, em suas primeiras historias ainda em preto-e-branco.
Positivo/Negativo: O enredo acima, que nos dias de hoje pareceria fadado ao fracasso, fez o sucesso desses meninos e meninas. Difícil evitar a comparação com a turminha de outra menina, baixinha e dentuça, mas são estilos diferentes.
O mundo de Luluzinha mostra o dia-a-dia dessa garotinha em histórias curtas, mas bem desenvolvidas. Aqui também acontece a eterna disputa entre meninos e meninas, com deliciosos detalhes como o Clube do Bolinha (na verdade dele e de seus dos amigos) com seu famoso lema pintado na parede: "Menina não entra".
Criada pela cartunista Marjorie "Marge" Henderson Buell, Luluzinha teve suas primeiras charges publicadas em 1935, mas foi pelas mãos de John Stanley que entrou de vez nos quadrinhos.
Stanley e o desenhista Irving Tripp criaram todo o universo de personagens hoje tão conhecidos: Bolinha, Alvinho, os irmãos Carequinha e Aninha, as bruxas Alcéia e Meménia, Glória, Plínio e tantos outros.
Talvez a constância de todos esses personagens explique, em parte, o fascínio que suas histórias criavam. Eram figuras que sempre apareciam, fugindo do artifício de criar determinados tipos para determinados enredos e nunca mais aproveitá-los.
A ausência de cores tira um pouco do charme da edição, mas destaca o traço limpo de Tripp. O enredo de Stanley segue a mesma linha da introdução acima: histórias ingênuas, mas que não chegam a ser infantis demais.
Aliás, muito material foi reaproveitado anos depois, quando os personagens estavam com suas personalidades finais bem mais definidas.
Vale destacar também que esta edição mostra os primórdios dessa turminha e resta torcer para que a Devir continue a trazer mais desse material (o segundo álbum vem aí), principalmente o que fez parte da deliciosa época que eram publicadas aqui no Brasil pela Abril. Houve duas revistas mensais da turma (Luluzinha e Bolinha, sendo esta última de periodicidade bimestral no início), vários almanaques temáticos e outras publicações variadas.
A edição está bem caprichada, com detalhes em reserva de verniz na capa e, internamente, papel de ótima qualidade.
A Devir ficou devendo mais material sobre os "pais" dessa simpática menininha. Há apenas uma nota inicial e um breve comentário final, assinada pelo editor Leandro Luigi Del Manto.
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