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MACANUDO #2

1 dezembro 2007


Título: MACANUDO #2 (Ediciones
de la Flor
) - Edição especial sem periodicidade fixa

Autor: Liniers (texto e arte).

Preço: 19 pesos

Número de páginas: 96

Data de lançamento: Setembro de 2006 (3ª edição)

Sinopse: Antologia da tira argentina Macanudo.

Positivo/Negativo: Este álbum reúne tirinhas mais antigas, publicadas entre 2003 e 2004, no jornal argentino La Nación. O leitor acostumado a acompanhar a produção de Liniers no blog do autor ou no site do La Nación vai notar algumas diferenças. O autor ainda se retrata como um ser humano, e não como um ser "acoelhado".

Alguns personagens já estão lá, como os Duendes, o Homem Misterioso, Z-25 e Enriqueta, mas ainda não há sinal de Martincito & Olga, nem de Picasso.

Ao mesmo tempo, o leitor pode aproveitar a oportunidade para conhecer melhor personagens que foram ficando para trás com o passar do tempo, como a Vaca Cinéfila, que revela os clichês de Hollywood.

Macanudo é a primeira grande tira de quadrinhos deste século. As razões são inúmeras - pode-se elencar as cores aquareladas, o uso criativo e rico do formato retangular, os personagens encantadores, o cheiro de novidade que deixa no ar.

Mas, neste volume, há duas citações que servem para explicar a força da obra de Liniers. A primeira está na apresentação, feita pelo músico Kevin Johansen: "O twist das tirinhas de Liniers é, por um lado, imediato, mas, ao mesmo tempo, deixa um after taste, um sabor que fica de algo que talvez você não tenha captado totalmente no momento de lê-lo."

Macanudo tem isso: as tirinhas parecem ter uma profundidade que ultrapassa a simples piada, como se cada uma carregasse dentro de si uma singela sabedoria que vale a pena levar junto depois da leitura. Elas extrapolam os quadrinhos e são capazes de contaminar - e melhorar - o dia do leitor.

A outra citação é a epígrafe, com uma frase de Chris Ware: "O vocabulário possível dos quadrinhos é, por definição, ilimitado..."

A frase do quadrinhista serve para mostrar como Liniers trata o retângulo diário que cabe a ele no La Nacion. Em vez de simplesmente dividir o espaço nos tradicionais dois ou três quadrinhos, o artista recria a tirinha. Às vezes, põe mais de 20 quadrinhos pequenos. Em outras, faz o leitor virá-la de cabeça para baixo. E, em seguida, ainda explora o formato de horizonte.

A verdade é que Liniers é um dos maiores quadrinhistas surgidos nos últimos anos.

Classificação:

4,0

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