MÁGICO VENTO # 16
Editora: Mythos - Revista mensal
Autores: Gianfranco Manfredi (roteiro) e Goran Parlov (arte) - Publicado originalmente em Magico Vento # 16.
Preço: R$ 5,50
Número de páginas: 96
Data de lançamento: Outubro de 2003
Sinopse
A grande visão - Ned Ellis, o Mágico Vento, empreende uma jornada ao deserto para meditar e buscar entender melhor sua missão. Enquanto isso, Poe reencontra um velho conhecido.
Positivo/Negativo
Mágico Vento, à primeira olhada, parece mais um gibi típico da Bonelli. Naquele formato que parece Tex, em preto e branco, com cenário de Oeste norte-americano, em fins de Século 19.
E o leitor acostumado com os caubóis italianos há de encontrar nas páginas deste fumetto as aventuras e as tramas que tão bem conhece, troca de tiros, lutas corporais, códigos de honra locais, caras-pálidas versus peles-vermelhas.
O interessante é que o leitor que gostaria de ter algo um pouco diferente disso, também sairá satisfeito de sua leitura de Mágico Vento. E as razões são muitas.
Gianfranco Manfredi é um ótimo roteirista. Como é habitual nos escritores da Bonelli, ele sabe construir bem uma história, dividindo as ações em prol do suspense, da emoção e da empatia no leitor.
Manfredi também é um pesquisador do ambiente e da história do período em que retrata sua trama, incluindo curiosidades da época e enredos que vêm diretamente da vida. Mas vai um pouco além.
O roteirista também é um excelente mesclador de gêneros ficcionais. Mágico Vento traz western, aventura, terror, ficção científica, romance, histórias de guerra, entre outros.
Não bastasse isso, Manfredi ainda tira do bolso algumas cenas brilhantes, como a da primeira aparição de Poe, nesta edição, em que ele recita um poema de Emily Dickinson, com ótimo uso de recordatórios e voz em off.
A estrutura da trama é construída de modo a se confundir entre o que é realidade ficcional e o que é visão de Mágico Vento, criando uma interessante empatia com o leitor.
Soma-se a tudo isso a bela arte de Goran Parlov, responsável por alguns outros números da série e por várias edições do Justiceiro, da linha MAX, da Marvel.
Nesse jogo de agradar os fãs do western mais tradicional ou os leitores que querem algo diferente, Mágico Vento consegue interessar aos dois lados.
Classificação: