MÁGICO VENTO # 28
Autores: Gianfranco Manfredi (roteiro) Stefano Biglia (desenhos) e Andrea Venturi (capa).
Preço: R$ 5,90
Número de páginas: 96
Data de lançamento: Outubro de 2004
Sinopse: A Máscara do Deus Canibal - Raposa-que-corre desafia Mágico Vento para um duelo, vestindo uma máscara dupla!
Enquanto Ned se preocupa com o desafio, um pretendente de Se-recusa-a-parar fará de tudo para conquistar a amada, seja morrer por ela ou desencadear uma guerra contra os crows.
Positivo/Negativo: Depois de quatro edições pelas cidades, Manfredi retorna ao interior, trazendo fôlego novo à série.
Desta vez, não se trata de um mito indígena. Foi na vida de George Catlin (um pintor americano) que o roteirista se inspirou para esta aventura, mostrando que os índios são tão ingênuos e perversos quantos os brancos algumas vezes.
Na edição 11, a Blizzard Gazette dá ao leitor a pista do poder que a pintura exerce sobre a imaginação dos índios, que transformavam pintores em homens da medicina. Neste número, a seção explica sobre a vida de Catlin.
Se-recusa-a-parar, uma personagem definitivamente feminista, é o centro desta história, que lembra a melancolia da época do romantismo. A índia mostra que o machismo existe no Dakota também e, se fosse viva na época, queimaria seu sutiã com as mulheres da década de 1920.
Manfredi deixa o tom sentimental; e o terror passa longe. Neste número, opta por um misto de suspense, aventura e drama, focando mais neste último. O suspense está presente, mas para quem segue a série atentamente desde o começo, fica no ar o que acontecerá com o Heyoke da aldeia, Mata-a-si-próprio.
A aventura é desenhada por Biglia, que não fica aquém de qualquer outro que passou por essas estranhas páginas. Seu traço é firme e, mesmo com o sol forte, ele prefere a escuridão, exagerando nas sombras e fazendo Mágico Vento virar a noite para ver, bem cedinho, o alvorecer de um novo dia nas planícies e de uma nova edição nas bancas brasileiras.
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