Nesta edição, o leitor encontra uma história bem típica de western.

Mágico Vento é convocado para uma reunião de xamãs, que devem decidir se os índios entram ou não em guerra com os brancos. O conflito, porém, é tudo que a ferrovia Northern Pacific quer, para poder justificar tomadas de terras e massacres de peles-vermelhas.

Gianfranco Manfredi aposta em um roteiro tradicional desse tipo de aventura, mas, claro, com suas graças. A trama, logo no começo, separa a dupla Poe e Ned Ellis. No decorrer da aventura, o leitor percebe como essa simples opção dramática reforça a personalidade de cada um e ambos demonstram se virar muito bem sozinhos.

Mas, antes de seguiram seu caminho, Mágico Vento conta a Poe sobre Touro Sentado, aumentando a expectativa do leitor para o surgimento do personagem histórico.

E é justamente no chefe indígena que está um dos molhos da trama. Mesmo sem que o leitor ou os personagens entendam suas intenções, Touro Sentado tem atitudes de quem sabe o que faz.

O final do gibi comprova isso, diante da brilhante solução criada para resolver o impasse entre caras-pálidas e peles-vermelhas.

A arte de Luigi Piccatto mantém o nível e o padrão Bonelli: realista, bem feita, com ótimo trabalho de luz e sombra.

Completam a edição o Correio de Poe, com cartas dos leitores e a coluna escrita por Manfredi, Blizzard Gazette, que conta um pouco da história de Touro Sentado.