MÁGICO VENTO # 69
Autores: Gianfranco Manfredi (texto) e Ivo Milazzo (desenhos).
Preço: R$6,90
Número de páginas: 96
Data de lançamento: Março de 2008
Sinopse: Cem Rifles - Barro, o jovem índio que era um ótimo corredor e ficou amigo de Mágico Vento, cresceu. Agora, para ser considerado um verdadeiro guerreiro por sua tribo, precisa de um cavalo.
Mas não pode ser um cavalo qualquer…
Positivo/Negativo: A história de Manfredi é razoável, bem contada como sempre, mas não é nem de longe um de seus melhores esforços. Por sorte, o que é médio para o autor é bastante superior à maioria das tramas que estão nas bancas. A crítica aqui é em comparação ao seu próprio trabalho.
A verdadeira estrela deste número é o desenhista Ivo Milazzo. Para definir a qualidade dos seus traços, só mesmo usando um termo de Mary Poppins: supercalifragistiexpialidoso (em português). Ou, como diria o cartunista Jaguar, no Pasquim: é duca! Que desenhista!
Milazzo já era bom em 1974, na primeira história de Ken Parker. Seu desenho era mais "penteado", havia uma preocupação com o acabamento formal, com a técnica em si. Com o passar do tempo, seu traço foi se tornando mais espontâneo e confiante, livre de amarras formais, quase autográfico. Não é à toa que ele é amado por 9,5 entre 10 desenhistas de quadrinhos.
Esta história, aliás, é uma verdadeira aula de arte. A maneira como manchas de tinta se tornam bisontes em fúria, os pequenos traços que viram chuvas torrenciais, o uso do espaço negativo na composição, tudo é muito bom. Milazzo "nada de braçada" em cima da maioria dos "feras" do mercado norte-americano.
Ele nem sequer esboça mais. É capaz de desenhar direto com a pena e dar o acabamento com um único pincel, como também o fazia seu compatriota Hugo Pratt. Um gênio. Assim se pode definir Ivo Milazzo.
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