MÁGICO VENTO # 71
Autores: Gianfranco Manfredi (texto) e Darko Perovic (desenhos).
Preço: R$ 6,90
Número de páginas: 96
Data de lançamento: Maio de 2008
Sinopse: Durante uma comemoração relembrando a última corrida do Pony Express, ocorre um assassinato. Ao mesmo tempo, um fugitivo de um manicômio aparece no Forte Laramie em busca de vingança contra um guia de caravanas.
Mágico Vento e Poe precisam desvendar um crime e impedir que outro ocorra.
Positivo/Negativo: As edições de Mágico Vento estão entre aquelas que merecem ser compradas mensalmente nas bancas. Roteiros bem construídos, cheios de nuances, misturando os fatos com a fictícia saga do personagem principal.
Nesta edição, celebra-se o Pony Express, o serviço de entrega de correspondências que funcionou de abril de 1860 a outubro de 1861, até ser substituído por telégrafos.
Apesar do curto período de existência, ficou marcado na história norte-americana. A rota ligava St. Joseph, no Missouri, a Sacramento, na Califórnia, levando em torno de dez dias. Com toda uma organização de construção de paradas ao longo do trajeto, trocas de cavalos e cavaleiros, agilizou por um tempo a entrega de correspondências, ligando o leste ao oeste dos Estados Unidos.
Além disso, o autor retrata o panorama das caravanas de emigrantes que iam para o Oeste, antes que as estradas de ferro tomassem conta da paisagem. Mostra como essas viagens não eram nada fáceis, e o texto da Blizzard Gazette (leitura sempre obrigatória no início das edições) conta que um em cada dez emigrantes morriam durante o percurso.
A aventura desta edição é uma mistura desses dois elementos históricos. Durante uma festa em homenagem ao Pony Express, um assassinato, em pleno Forte Laramie. E o ponto fraco da trama talvez seja exatamente a solução, o motivo do crime.
Foi usado um recurso extremo demais para uma história que poderia ser resolvida de outra maneira, ainda mais pelo longo tempo passado desde o fato que orienta a edição.
Outra cena desnecessária mostra Mágico Vento iniciando uma briga na aldeia indígena, algo que, aparentemente, poderia ter sido evitado.
Mesmo assim, é uma boa história, ilustrada com competência por Perovic. Na página 24, por exemplo, é hilário ver Poe e Se-Recusa-a-Parar rindo da situação criada pelo jornalista. O Dr. Lock também foi retratado de maneira interessante.
Classificação: