Confins do Universo 218 - O infernal Hellboy
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MÁGICO VENTO # 9

1 dezembro 2004


Autores: Gianfranco Manfredi (roteiro), Paolo Raffaelli e Bruno
Ramella (desenhos) e Andrea Venturi (capa).

Preço: R$ 5,50

Número de páginas: 96

Data de lançamento: Março de 2003

Sinopse: A Maldição da Montanha - Mágico Vento tem uma visão,
na qual índios pedem socorro. Em Carved Rock, uma profecia se concretiza,
e ela pode se revelar uma maldição.

A busca pelo ouro deixa os homens cegos, perturbando a paz que existe
entre eles e os índios, coisas que nem Barnie Foster, alienista apresentado
aqui, poderá explicar.

Ned e Poe estão prontos para mais alguns tiros, confusão no meio da estrada
e também para movimentar um pouco mais uma pacata cidadezinha de lenhadores.

Positivo/Negativo: Esta foi a segunda aventura de Mágico Vento
apresentada em duas edições (a primeira foi nas edições 6
e 7),
o que fez o leitor esperar ansioso pelo próximo número.

Na Blizzard Gazette é explicada da citação de A Letra Escarlate,
romance de Nathaniel Hawthorne, sobre o rosto humano esculpido na montanha,
além de uma pequena aula sobre o escritor.

Nas primeiras cenas, em que é apresentado o vilão desta aventura, o argumento
de suspense é muito bem trabalhado, deixando o leitor, no decorrer das
páginas, cada vez mais aflito (e satisfeito), sem saber para onde está
sendo levado.

O trabalho de pesquisa de Manfredi nesta edição não se limita somente
às mitologias indígenas. Ele mostra como era a profissão de alienista
na época, os psicólogos e psiquiatras da atualidade e acaba misturando
a aventura com a atmosfera de loucura e insanidade de uma época em que,
sem exceção, qualquer um ficaria louco com a possibilidade de ouro nas
proximidades.

Um fato curioso é que, nas visões de Mágico Vento, os índios "falam" com
ele na linguagem dos sinais. Por isso, fica no ar a questão: será que
este seria um fato normal entre as comunidades indígenas da época, para
quando não podiam ou não sabiam como se comunicar?

Os desenhos colaboram para elevar a qualidade do gibi, que se firma cada
vez mais como uma das melhores opções nas bancas, principalmente para
os bonellianos seguidores de Tex Willer e outros fumetti.

Raffaelli e Ramella abusam dos detalhes, imprimindo ao roteiro um resultado
impressionante, que não deixa furos, nem espaço para a respiração.

Classificação:

4,0

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