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MAIS PRETO NO BRANCO

1 dezembro 2007


Título: MAIS PRETO NO BRANCO (Desiderata)
- Edição especial

Autor: Allan Sieber (texto e arte).

Preço: R$ 19,90

Número de páginas: 112

Data de lançamento: Agosto de 2007

Sinopse: Segunda coletânea das HQs em preto-e-branco de Allan Sieber.

Positivo/Negativo: Allan Sieber nasceu no Rio Grande do Sul - mas Mais Preto no Branco abre com uma piada de gaúcho devastadora (mais adiante no livro, há uma série de tiras dedicadas a Gay Harbour, nome que dá, em inglês, para Porto Alegre).

O autor mora no Rio de Janeiro. E, ainda assim, debocha de cariocas.

Na verdade, Sieber não escolhe vítimas: detona todo mundo, a começar por ele mesmo. É um iconoclasta inconseqüente e incontrolável. A exceção é o quadrinhista e artista plástico Fábio Zimbres. O autor o considera um gênio, um verdadeiro guru, e volta e meia ele ressurge nas tiras, incensado.

Por sinal, foi no site Tonto, mantido por Zimbres, que a tirinha Preto no Branco surgiu, ao lado de trabalhos de Schiavon, MZK e Arnaldo Branco.

Mais Preto no Branco é a segunda coletânea da tira. A primeira, que saiu pela Conrad, trazia material publicado apenas na internet.

A diferença é que deste livro constam as tirinhas publicadas no jornal Folha de S.Paulo aos domingos. Elas trazem um Allan Sieber mais contido, com humor menos ácido, moderando principalmente nas piadas com temas sexuais. O resultado é um Allan Sieber "na dele", que tateia seus novos limites.

O próprio autor critica a si mesmo pela autocensura em algumas páginas. Ele diz ser um "vendido" por aceitar elevar o tom para estar no maior jornal do país.

O material da Folha, de fato, tem seus altos e baixos. São os baixos que atrapalham a fluidez da coletânea. Mas, nos altos, é responsável por alguns dos melhores momentos do álbum: a série Gay Harbour e a novela Segredos de Mulher, em que os clichês da teledramaturgia são ridicularizados.

Mas é quando ri de si mesmo que Allan faz seu melhor material. Por isso, o extra Da obra e seu conceito, uma série de HQs que avaliam a própria tira, ficou jóia.

Também vale a pena destacar duas criações coletivas: uma participação do personagem Capitão Presença, criatura de Arnaldo Branco que tem licença de creative commons e pode ser feito por qualquer um, e da cartunista Chiquinha, que cria uma série de tiras anti-misóginas junto com Allan.

Para a Desiderata, Mais Preto no Branco é um marco: junto com O Livro Negro de André Dahmer, o álbum abre a série de quadrinhos da editora.

Classificação:

4,0

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