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Reviews

Mandrake

21 maio 2007

MandrakeEditora: Ebal - Edição especial

Autores: Lee Falk (roteiro) e Phil Davis (desenhos).

Preço: variável (se encontrado em sebos)

Número de páginas: 48

Data de lançamento: 1975

Sinopse

No País dos Faquires - No leste da Índia, Mandrake e Lothar visitam a cidade de Lapore. Lá, o Rajá havia raptado a filha do soberano de um reino vizinho, querendo casar-se com ela à força. O mágico decide intervir.

No País dos Pequeninos - Mandrake e Lothar se deparam com um casal de diminuta estatura. Ficam amigos, e vão conhecer a cidade dos pequenos seres. Mas o perigo está à espreita.

Positivo/Negativo

Belíssima edição da Ebal, em capa dura, formato grande, apresentando duas histórias da melhor fase do mais famoso mágico dos quadrinhos.

As histórias apresentam páginas dominicais publicadas originalmente entre junho de 1935 e março de 1936.

O álbum reproduz uma carta do ator Marcello Mastroianni para o diretor Federico Fellini, cobrando a realização de um filme do Mandrake, além de um emocionado prefácio do jornalista Sérgio Augusto.

Criado pelo lendário Lee Falk, em conjunto com o ótimo Phil Davis, o mágico fez sua estréia em 1934. E o roteirista ainda emplacaria o Fantasma. Ou seja, fez dois dos maiores ícones das HQs de todos os tempos.

Não à toa, a fase com arte de Davis é considerada o período áureo do personagem. Junto com argumentos inspirados de Falk, a fantasia quase sem limites é o forte das tramas apresentadas nesta edição.

Mandrake realiza seus truques dominando a arte do hipnotismo. Seus inimigos sabem que seu poder está no olhar. Ainda assim, os autores davam asas à imaginação, com direito a tapetes voadores, levitação e truques dos mais variados.

Em O País dos Faquires, o leitor se depara com um belíssimo mundo saído das Mil e Uma Noites, com direito aos elementos que fazem parte deste gênero.

Mas o ponto alto fica por conta de No País dos Pequeninos, em especial pela arte de Davis: são belíssimas tomadas de cena e enquadramentos diversos, com muito uso de sombras, mostrando os "gigantes" Mandrake e Lothar tentando ajudar os diminutos habitantes de uma cidade, enquanto conferem uma corrida de lebres, se defendem do ataque de condores e até do perigo criado por um horrendo povo vizinho.

Nesta época, o fortíssimo Lothar tratava Mandrake por "patrão", fato que mudaria posteriormente, quando ele seria apresentado como soberano de um reino distante na África, e grande amigo do mágico.

Em relação à arte, consta que o desenho clássico de Davis inspirou inclusive diretores de cinema. A esposa dele, Martha, era desenhista de moda, e cuidava do guarda-roupa de Narda, a (quase) eterna noiva do mágico.

Enfim, são diversas curiosidades que dariam uma matéria à parte. Como o nome do mágico, que surgiu a partir da planta Mandrágora, utilizada para feitiçarias em tempos idos. Sua primeira aparição no Brasil foi no Suplemento Juvenil # 101, de 1935.

As características físicas do mágico remetem ao desenhista que o criou, além de traços de diversos atores de sucesso na época. E, por falar em atores, ele foi tema de um seriado de cinema com doze episódios em 1939, e também inspirou novelas de rádio.

Além de tudo, foi presença constante nas bancas brasileiras, por décadas.

Com certeza, uma edição digna de qualquer colecionador de quadrinhos que se preze - a tiragem limitada foi de cinco mil exemplares.

Classificação

4,0

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