Confins do Universo 216 - Editoras brasileiras # 6: Que Figura!
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MANUAL DE GERÊNCIA DOGBERT

1 dezembro 2008


Autor: Scott Adams (textos e desenhos).

Preço: R$ 29,90 (preço variável)

Número de páginas: 160

Data de lançamento: 1997 (1ª edição) e 2001 (2ª edição)

Sinopse: Guia bem-humorado que, por meio de textos e tiras em quadrinhos, "ensina" a vencer na vida profissional sendo um gerente mau-caráter, imbecil e cheio de atitudes e pensamentos execráveis.

Positivo/Negativo: Atenção para o seguinte trecho da quarta capa do Manual de Gerência Dogbert:

Você gostaria de se tornar um gerente para:
a) Ter a melhor vaga do estacionamento;

b) Poder assediar sexualmente todas as suas subordinadas;
c) Esforçar-se minimamente, mas ser sempre reconhecido pelo sucesso dos projetos da sua equipe;
d) Mandar, mandar, mandar - e ainda receber o salário mais alto por isso;
e) Nenhuma das anteriores.

Se você marcou a letra "e", não entende nada de gerência.

Por esse fragmento, o leitor poderá ter uma breve idéia do conteúdo do livro, se ainda há dúvidas sobre comprá-lo ou não. Mas, se já leu O Princípio Dilbert, Corra, o controle de qualidade vem aí! , Fazendo musculação com o mouse ou Leve uma vida melhor roubando materiais do escritório, terá a certeza de que essa é mais uma obra ácida, polêmica, iconoclasta e, acima de tudo, muito engraçada da comédia corporativa Dilbert, série de tiras que estreou em 1989 e até hoje é sucesso mundial em jornais, revistas e livros, doa a quem doer.

Ou seja, vale a pena comprar o livro, principalmente se o leitor trabalha em uma empresa cujo gerente merece ser "condenado à cadeira elétrica".

Sem a menor vergonha e usando todas as ferramentas politicamente incorretas possíveis de atrelar ao cotidiano de uma companhia empresarial, em qualquer departamento ou nível hierárquico, o "manual" destrói a imagem de ética, honestidade e trabalho duro que se espera de um gerente.

Na verdade, o livro trata de mostrar o quanto isso tudo é balela e que para vencer na gerência - e até chegar a uma diretoria - basta ser medíocre e fomentar a mediocridade de seus comandados, além de escravizá-los, tolher sua criatividade, estimular a baixa auto-estima e sempre surrupiar para si os louros da vitória da equipe.

E isso tudo é só uma pequena parte do que tratam os oito capítulos (mais dois apêndices) escritos com o cinismo de quem faz do besteirol um assunto sério, além de ricamente ilustrados por tiras alusivas a cada assunto abordado - em alguns tópicos, elas formam uma seqüência de várias páginas de quadrinhos -, em desenhos simples e desleixados que caem como uma luva no ambiente de demência corporativa retratado.

O dia-a-dia da fictícia e inominável empresa na qual Dilbert, o cachorro Dogbert e o resto dessa nada confiável turma trabalham (a bem da verdade, a maioria do grupo só finge trabalhar) faz o leitor recordar fatos semelhantes que já viu ou sentiu na pele em sua vida profissional e até mesmo lembrar-se de como agiu assim no trabalho.

Se não passou por nada disso, melhor ainda, pois não haverá nenhuma ponta de constrangimento que o impeça de dar boas risadas ao ler o Manual de Gerência Dogbert.

Classificação:

4,0

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