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MARTIN MYSTÈRE # 28

1 dezembro 2004


Autores: Alfredo Castelli (roteiro) e Enrico "Henry" Bagnoli (desenhos).

Preço: R$ 5,90

Número de páginas: 96

Data de lançamento: Novembro de 2004

Sinopse: As Máquinas Impossíveis - Martin Mystère é contratado para escrever um livro de ficção científica versando sobre invenções impossíveis, o que resulta em dois contos que formam a trama da presente edição.

Positivo/Negativo: Um episódio menor, porém não menos simpático, do bom e velho tio Martin, com todo o sabor do velho seriado Alem da Imaginação.

Na verdade, o próprio professor Mystère não participa ativamente das narrativas, mas atua como uma espécie de apresentador. São duas histórias, uma envolvendo a máquina do tempo e outra cujo tema é melhor não revelar, sob o risco de estragar a surpresa.

As histórias são curiosas, charmosas e irônicas, porém nada de particularmente marcante ou memorável. Saborosas mesmo são as inúmeras citações de clássicos da ficção científica (inclusive um cult um tanto quanto obscuro: o filme A Mosca da Cabeça Branca, de 1958).

Oportunamente, a Mythos publicou um interessante texto na contracapa sobre o escritor e visionário H. G. Wells, autor do célebre A Máquina do Tempo, refilmado recentemente. Ponto a favor para a editora.

Já houve um episódio anterior que seguia uma estrutura parecida, no caso apresentar mistérios apaixonantes do passado, nos quais Martin não teve uma participação direta, mas as soluções arranjadas foram muito mais interessantes. Trata-se de O Livro dos Arcanos, publicado no número 6 da editora Record.

De qualquer forma, as narrativas desta edição são suficientemente divertidas para render momentos de entretenimento e servem como aperitivo para a próxima edição, quando será publicado Horror no Espaço, um dos vários episódios sobre a mitologia de Atlântida e Mu que ainda permanecem inéditos.

Os desenhos de Henry continuam tão eficientes quanto em O Castelo dos Horrores, nos números 12 e 13, com seu estilo um tanto quanto antiquado, mas charmoso.

O roteiro de Castelli capricha nas referências científicas e na verossimilhança (com vários detalhes espirituosos, como o físico Al Castle). O saldo geral acaba sendo bastante positivo. Falta apenas o impacto e o sabor que os leitores já se habituaram a sentir na série. Mas nem sempre se pode atingir o ápice, afinal.

Vale um destaque para a fala de Mystère refletindo sobre os paradoxos da viagem no tempo, na última página. Um fechamento espirituoso que leva o leitor a fechar a revista com um sorriso nos lábios e uma sensação agradável de ironia. Não é pouca coisa a se oferecer.

Classificação:

4,0

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