Título:
MARTIN MYSTÈRE - O DETETIVE DO IMPOSSÍVEL # 6 (Mythos
Editora) - Revista mensal

Autores: Alfredo Castelli (roteiro) e Giancarlo Alessandrini (desenhos).

Preço: R$ 5,50

Data de lançamento: Janeiro de 2003

Sinopse: O Segredo de Maria Madalena - A descoberta de um antigo documento no interior de um altar em Rennes-Le-Chateau, França, 1892, dá início a uma seqüência de eventos que acabará por levar Martin Mystère a Barcelona, na tentativa de desvendar os mistérios da última catedral gótica: a Sagrada Família, edificada pelo polêmico arquiteto catalão Antoni Gaudí y Cornet, um dos gênios artísticos mais excêntricos e originais do século XX.

Um mistério que envolve os antigos gnósticos, perseguições religiosas na época das cruzadas, as descobertas inacreditáveis dos alquimistas e um segredo quase esquecido, oculto nas profundezas da catedral.

Positivo/Negativo: Sem dúvida, a melhor edição de Martin Mystère publicada pela Mythos até agora. Tanto no que se refere à história (produzida pela dupla de criadores originais), quanto no aspecto editorial.

A aventura reúne tudo o que há de melhor na série, muita informação histórica e geográfica, uma trama que usa eventos históricos reais e documentados como base para a ficção, mantendo a verossimilhança acima de tudo, até que se torna difícil distinguir os acontecimentos verídicos da fantasia.

Em meio a todo o material ruim que entope as bancas brasileiras, é recompensador ler uma HQ que respeita a inteligência do leitor. Os desenhos de Alessandrini são simples e agradáveis aos olhos, mostrando uma versão amadurecida de seu estilo rebuscado.

A história mereceria a nota máxima não fosse um único detalhe: a última página. Na Itália, esse episódio foi a edição comemorativa de dez anos de Martin Mystère (por isso a grande quantidade de citações aos primeiros episódios da série), e a última página foge totalmente à trama, funcionando como uma brincadeira tola com os leitores italianos. Nela aparecem todos os coadjuvantes importantes prometendo mais dez anos de aventuras (sic).

Além de ser uma brincadeira bastante infantil, vai soar por demais confusa ao leitor brasileiro, que não conhece esses coadjuvantes. Mas isso não chega a comprometer a qualidade do episódio.

A edição da Mythos não apresenta nenhum dos defeitos das anteriores. Um progresso admirável. A brincadeira da última página é devidamente explicada ao leitor por meio de uma nota, e as alterações em relação ao original italiano foram muito acertadas.

Pra começar, a mudança do título. Afinal, não faria sentido usar o original, que nada mais era do que uma referência à comemoração dos dez anos. Pelo mesmo motivo, a Mythos optou por usar uma outra capa, que nada tem a ver com a história, mas é visualmente a mais atraente publicada até agora.

No geral, uma excelente HQ. Quem ainda não tentou ler Martin Mystère tem neste número uma ótima chance de começar.

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