MARVEL 2003 # 2
Autores: Vingadores - Kurt Busiek (argumento), Alan Davis
(desenhos), Mark Farmer (arte-final);
Homem de Ferro - Frank Tieri (argumento), Alitha Martinez e Paul Ryan (desenhos), Mark Pennington e Rodney Ramos (arte-final);
Thor - Dan Jurgens (argumento), Stuart Immonen (desenhos), Wade Grawbadger (arte-final).
Preço: R$ 7,50
Número de páginas: 96
Data de lançamento: Fevereiro de 2003
Sinopse: Vingadores - Kang mostra vários possíveis futuros da Terra aos Vingadores. Paralelamente, uma parte da equipe investiga o desaparecimento de um grupo de cientistas na Sibéria.
Homem de Ferro - Controle Remoto! Em um lugar desconhecido, Tony Stark continua sob fogo cerrado. Dias atrás, o vingador dourado foi ligado ao assassinato do Chicote Negro, e vários escândalos de Stark e do Homem de Ferro são veiculados pela mídia com o intuito de destruir a vida do empresário. E o "latinha" ainda precisa enfrentar o Homem Radioativo.
Thor - Surge Thor, a Deusa do Trovão. E o Thor enfrenta um robô gigante nas ruas de Nova York.
Positivo/Negativo: A história dos Vingadores começa com clima de Arquivo X. Paisagem inóspita, pessoas desaparecidas, ameaça desconhecida! A seqüência na Sibéria é a mais fascinante da trama. No entanto, é desenvolvida em apenas três páginas. E por que os Vingadores não vestiram trajes anti-radiação como os agentes da Shield? O Thor é um deus, e deve ser imune a radiação, mas os outros não!
Os desenhos de Alan Davis continuam muito bons. Lamentavelmente, 80% da história são ocupados por Kang mostrando os vários futuros da Terra e explicando seus planos. Algumas das realidades futuras são até interessantes, mas a trama acaba se tornando maçante. Esses eventos deveriam ser apresentados de forma um pouco mais condensada. As últimas páginas acabam salvando a aventura, quando ocorrem invasões em diferentes pontos do planeta. O próximo número promete!
Duas histórias do Homem de Ferro nesta edição. Isso faz parte da prerrogativa da Panini em dar certa prioridade ao Thor e Homem de Ferro, cujas cronologias estão mais defasadas que os outros personagens publicados na revista.
Tieri conta uma boa história, sua abordagem mais centralizada em Tony Stark é interessante. A trama é bem abordada, reunindo aspectos recentes da vida do Homem de Ferro, como o assassinato do Chicote Negro, e outros de anos atrás como a Guerra das Armaduras; e mostra como esses fatos, manipulados pela mídia, afetam sua vida e sua empresa.
Como a maior parte da história é contada em primeira pessoa (pelo próprio Stark), o leitor não sabe muito mais que o empresário. Apesar da boa narrativa, não é grande surpresa quando o homem por trás da conspiração é revelado. Destaque para as pontas de Matt Murdock e do Capitão América.
Na segunda história, há uma retrospectiva da personagem-título, que é boa para os novos leitores, porém possui alguns erros. Na página 56, quarto quadro, foi desenhada a armadura errada! Durante a Guerra das Armaduras, Tony Stark utilizava o traje vermelho e branco.
Na página 57, são mostrados vários eventos do passado de Stark. Naqueles em que o rosto aparece, ele é retratado com cavanhaque, quando na época usava apenas bigode. Por que os desenhistas não pesquisam as edições passadas do título para não cometerem tais gafes? A arte da história melhora um pouco quando Ryan assume a arte. No entanto, na página 63, ele esqueceu de desenhar o capacete da armadura parcialmente derretido!
A história do Thor tem poucos atrativos. O roteiro deixa a desejar. A maior surpresa desta edição deveria ser a Deusa do Trovão, mas ela já é introduzida na segunda página, o que destitui a aventura de um clímax. Melhor seria apresentá-la durante a batalha, com Nullitron.
Além disso, há também alguns clichês: "o inimigo que vence a versão robô do herói, quando enfrenta o original, perde!". E a Thor discutindo sobre como deve se chamar em meio a uma batalha é incoerente. Isso era para ser engraçado? Destaque apenas para o desenvolvimento pessoal na vida de Jake Olson.
A arte está regular. Os trabalhos de Immonen costumam ser melhores. Influência do arte-finalista talvez? Na página 89, há um erro grotesco de perspectiva. A cena é desenhada de modo que se tenha a visão de um dos pedestres da rua. Contudo, o carro erguido por Nullitron, a alguns metros de altura, é maior do que os outros que se encontram no chão diretamente à frente do robô! Andy Kubert fez falta neste número.
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