MARVEL ACTION # 12
Autores: Justiceiro - Diário de Guerra - Matt Fraction (roteiro) e Ariel Olivetti (desenhos);
Pantera Negra - Reginald Hudlin (roteiro) e Koi Turnbull (desenhos);
Cavaleiro da Lua - Charlie Huston (roteiro) e David Finch (desenhos);
Demolidor - Ed Brubaker (roteiro), Michael Lark e Stefano Gaudiano (desenhos).
Preço: R$ 6,90
Número de páginas: 96
Data de lançamento: Dezembro de 2007
Sinopse: Justiceiro - Diário de Guerra - O Capitão aceitou o Justiceiro em sua equipe, mas com ressalvas. Agora, para mantê-lo com rédeas curtas, ele monitora pessoalmente as missões em que envia Castle.
Pantera Negra - O Pantera vai ao enterro de Golias e sua insistência em permanecer nos Estados Unidos começa a gerar diversos conflitos políticos.
Cavaleiro da Lua - Ao contrário do que Spector esperava, o Capitão América o procurou para dizer que não o queria lutando ao seu lado. Assim, fora da Guerra Civil, o Cavaleiro da Lua continua travando sua própria batalha.
Demolidor - O Demolidor vai para Paris salvar Lilly. Mas para chegar até ela terá que enfrentar o Lápide. No meio de tudo isso, há algo mais acontecendo - e Matt Murdock não consegue descobrir.
Positivo/Negativo: Marvel Action tem um dos melhores mix da Marvel no Brasil, mas neste mês Pantera Negra decepciona demais.
O personagem vinha com um título bacana, com destaque para a época do casamento do herói com a Tempestade. Mas nesta edição, a coisa descamba.
A trama se perde na politicagem, em querer mostrar como os americanos jogam sujo e na obsessão por manter um extenuante discurso racial. Mesmo quando se refere a Wakanda, o roteirista cai no clichê de dizer que a posição de Pantera como rei está em risco por ele passar muito tempo no Ocidente.
Depois de tanto marasmo, Reginald Hudlin tinha a necessidade de justificar a capa "polêmica". Assim, nada poderia ser mais gratuito. O Pantera vai amigavelmente oferecer ajuda ao Capitão América e, enquanto os dois decidem como vai funcionar essa colaboração, vão se esmurrando.
Pra piorar, Koi Turnbull, é péssimo. Ele não tem noção de perspectiva, de proporções e tem um horrendo conceito de composição visual. Talvez seja até razoável fazendo sketchs, mas está longe de ser um bom desenhista de HQs. Aliás, o nome dele foi grafado errado nos créditos (não é Kui, mas sim Koi - algumas vezes assinou como Coi).
Em Cavaleiro da Lua, o destaque vai para Spector atacando o Capitão América e dizendo que não quer participar do jogo de fetiches que se tornou a Guerra Civil. O melhor é ele mandar o Capitão ir com Tony Stark para um motel.
Mas o Sentinela da Liberdade dá o troco ao revelar por que está lá. Ele foi até lá para dizer que Spector é uma desgraça como soldado e um perigo como vigilante. Foi uma das melhores formas de deixar o personagem fora da Guerra Civil. É coerente com o que vem sendo trabalhado desde o início dessa nova série do Cavaleiro da Lua.
Na arte, as cenas de ação desenhadas de Finch continuam impecáveis. Sua arte detalhista é cada vez mais impressionante. Nas suas mãos toda luta fica altamente violenta e agressiva.
Demolidor também continua muito bem, mas vale uma ressalva. Quem está acompanhando desde o começo o Capitão América, também de Brubaker, pode sentir um déjà vu.
Logo quando o autor assumiu o título, houve uma história em que o Capitão estava meio distante, se sentido estranho, inundado por uma série de lembranças. Como se algo não fizesse sentido, mas ele não soubesse o quê. Nesse estado, ele apanhou do vilão Ossos Cruzados.
Aqui acontece a mesma coisa com o Demolidor. Ele está se lembrando de Karen Page sem saber por quê. Tentando salvar uma moça, sempre com a "pulga atrás da orelha", preocupado com algo que desconhece. E... apanha do Lápide.
O Capitão estava sendo afetado por um cubo cósmico em posse de Lukin. Aqui, a vilã é Lilly, que está bagunçando a vida de Matt com seu poder de sintetizar odores ligados a lembranças.
São duas histórias excelentes, com bom ritmo, mas é inevitável observar as semelhanças.
Finalizando, a revista traz a nova série do Justiceiro. Por enquanto, está muito amarrada à Guerra Civil, recontando fatos que quem acompanha a série já sabe.
Mesmo assim, a arte de Ariel Olivetti é exuberante e ver o respeito que o Justiceiro tem pelo Capitão é muito interessante.
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